Com novas ferramentas, Paraná amplia ações para frear mudanças climáticas

O Governo do Paraná prepara novas ações para prevenir e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Os programas Sinais da Natureza e Selo Clima, as principais ferramentas adotadas para redução de emissões de gases de efeito estufa, foram ampliados para apoiar o planejamento ambiental do Estado para os próximos 10 anos.

Implantado no final de 2020, o Sinais da Natureza é uma parceria entre a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar). Com orçamento de R$ 3,4 milhões e parcerias com instituições de pesquisa, desenvolveu projetos e ações para ajudar a frear as mudanças climáticas.

O programa oferece apoio para a criação de consórcios regionais de resíduos sólidos, foi responsável pela reorganização do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas e criou mecanismos de avaliação e informação sobre a vulnerabilidade de áreas de risco e a criação de planos de contingência.

Para 2023, a previsão é estender o trabalho, que deverá resultar no Plano Estadual de Ação de Mudanças Climáticas e no Marco Regulatório de Carbono.

“Vamos atualizar o inventário dos gases de efeito estufa, que são responsáveis pelas mudanças climáticas, e modernizar o Sistema de Monitoramento de Gestão da Biodiversidade, Incêndios Florestais e Emergências Climáticas”, afirma o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Everton Souza.

O Paraná já iniciou a quantificação do estoque e sequestro de carbono em áreas de proteção integral. O projeto-piloto está em andamento no Parque Estadual Rio da Onça e será aplicado nas 38 Unidades de Conservação.

O inventário mede o carbono da massa vegetal, acima e abaixo do solo e, com base nisso, é feita a projeção de sequestro de carbono. A certificação é efetivada pelo Tecpar.

Quando estiver pronto, o novo Inventário Estadual de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (GEE) vai embasar propostas de mitigação de emissões. O documento cobrirá o período de 2014 a 2020 e fará projeções para os próximos 10 anos.

A extensão e ampliação do programa é uma ação efetiva do Estado ao alerta do Observatório do Clima, que registrou, este ano, uma alta de 12,2% de emissões de gases de efeito estufa no Brasil, a maior em duas décadas. Ao dar prioridade à questão, o Estado também se mostra alinhado aos debates da COP27, que começou no domingo (6), no Egito.

SELO CLIMA – Outro programa executado pela Sedest, o Selo Clima, referência no incentivo à redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), também foi ampliado. Ele reconhece empresas, entidades e municípios por iniciativas alinhadas com a preservação de recursos naturais.

Neste ano, além de atender a Política Estadual de Mudança Climática, passou a incluir, também, princípios propostos por iniciativas com as quais o Paraná possui alinhamento e acordos, como a Agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as campanhas Race to Zero e Race to Resilience e a Declaração de Edimburgo.

Além de dar visibilidade às organizações que preservam os recursos naturais, o Selo Clima busca incentivar as empresas paranaenses a reduzirem a “pegada de carbono” para minimizar os efeitos das mudanças climáticas e, dessa forma, propiciar o crescimento socioeconômico aliado à conservação do meio ambiente.

OCDE – Todas essas ações em andamento contribuem para o cumprimento local da Agenda 2030. Proposta pela ONU, a agenda é composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, e guia boas práticas dos países até 2030.

O Paraná recebeu o reconhecimento da Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE) como exemplo mundial no desenvolvimento sustentável. O Estado também é o único do Brasil a participar do estudo chamado Uma Abordagem Territorial para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Junto com ele estão, desde 2019, outras nove regiões e cidades de diferentes países.

De acordo com a OCDE, os destaques paranaenses são a qualidade do ar, a preservação da água e a proteção costeira. Em relação ao Brasil, o Paraná tem 51% das áreas costeiras protegidas, enquanto o País tem 36%.

Outros destaques do Paraná em comparação a outros estados estão na educação, no mercado de trabalho e em indicadores econômicos, com uma performance que supera em mais de 70% a média brasileira e, ainda, energia sustentável, proteção ambiental e redução de desigualdades.

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