Uma mulher de 57 anos morreu em Curitiba, na noite de segunda-feira (21), após esperar por quase 14 horas a liberação de um leito. Ela deu entrada no Centro Municipal de Urgências Médicas (CMUM) do bairro Sítio Cercado às 9h37 e faleceu por volta das 23h40. Ela apresentou complicações após uma cirurgia.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, há 20 dias, a paciente passou por uma cirurgia devido um câncer no intestino. Como ela não estava se sentindo bem, familiares a levaram ao CMUM. Ainda conforme a secretaria, a mulher precisava de atendimento de alta complexidade e por isso foi feito contato com o Hospital Evangélico, onde ela realizou o procedimento. A resposta do hospital, porém, foi de que não havia estrutura para atender a paciente. A Secretaria garante que havia ambulância e todas as condições para a transferência, que não ocorreu, exclusivamente, por causa da recusa.

Por outro lado, por meio da assessoria de imprensa, o Hospital Evangélico informou que está investigando o caso e que, até o momento, não havia sido encontrado registro do contato do CMUM do Sítio Cercado. O hospital afirmou também que é responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde encontrar um leito para os pacientes, uma vez que existem mais hospitais credenciados no Sistema de Urgência e Emergência.

Na segunda-feira, a partir das 19h, o Hospital Evangélico fechou o atendiemento de emergência. Segundo o hospital, porque a Prefeitura de Curitiba não repassou os recursos necessários para manter a qualidade do atendimento.

Greve
Funcionários do Centro Médico Comunitário do Bairro Novo (CMCBN) e do Centro de Especialidades Médicas do Bairro Novo (CEMBN), em Curitiba, entraram em greve por tempo indeterminado na terça-feira (22). Eles reclamam de atrasos nos salários que deveriam ter sido pagos até segunda-feira (21) pelo Hospital Evangélico de Curitiba, que é responsável pela administração dos hospitais.

Com a greve, os atendimentos nos locais estão sendo feitos apenas com servidores da Prefeitura de Curitiba. De acordo com o Hospital Evangélico, o direito à greve é respeitado e reconhecido pela instituição, mas os pagamentos não podem ser feitos porque a Prefeitura de Curitiba não repassou valores previstos nos contratos de prestação de serviços a ambas as unidades.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que estes pagamentos só podem ser feitos após a prestação dos serviços, e que as contas só chegaram até a Secretaria na manhã desta terça (22). A previsão é de que os recursos sejam liberados até quarta-feira (23), após a conferência dos valores.

Fonte: G1PR