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Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) aponta o Brasil como o quarto maior mercado estético mundial, principalmente na micropigmentação para estética ou saúde, atrás apenas de China, Estados Unidos e Japão. A procura por tratamentos estéticos cresce 6% ao ano em média e o valor gasto em produtos e serviços já ultrapassou os R$ 50 bilhões. Com a demanda aquecida, a procura por cursos para aprimorar técnicas movimentou os principais profissionais da área.
Profissionais em começo de carreira recebem em média entre R$ 1.325,00 e R$ 2.600,00 a depender da região do país. Para quem decide trabalhar como empreendedor, abrindo seu próprio negócio, os valores são maiores. Há profissionais que cobram até R$ 8 mil por sessão de uma hora, fazendo uso da experiência e das técnicas aplicadas.
“A micropigmentação acompanhou este crescimento e o número de profissionais aprimorando suas técnicas ou abrindo seus negócios disparou, mas, ao contrário do que possa parecer, o mercado não está saturado, está carente de profissionais: não há gente suficientes para atender a demanda” explica Alisson Schuster, criador do grupo Haut composto pelas empresas Haut Academy (formação e capacitação de profissionais), Haut Technology (Indústria de equipamentos e insumos ) e Haut Medical (fabricação dos Dermo cosméticos).
Formação exige dedicação
Para Alisson, a micropigmentação é uma carreira que exige dedicação justamente por trabalhar com a estética. Quanto mais sério, profissional e preparado for a micropigmentadora, mais clientes terá em pouco tempo.
Para se destacar em um mercado que cresce todos os dias, a formação do conhecimento deve ser prioridade. Existem cursos com duração de um mês e até em menos tempo que não prepararam o profissional como deveria. Alisson afirma que um curso sério, que realmente prepara, pode durar até um ano e precisa acontecer em um espaço apropriado: “Um padeiro que fez curso de um mês sem os equipamentos necessários não consegue entregar os mesmos pães em termos de volume e qualidade de quem estudou as técnicas de panificação por mais tempo. O mesmo acontece na micropigmentação”.
O profissional, segundo Alisson, deve escolher um segmento específico para se especializar e utilizar pigmentos de qualidade para se diferenciar e ter destaque no mercado. Homens e mulheres procuram sobrancelhas definidas, naturais e duradouras, portanto vale investir na carreira estudando profundamente micropigmentação.
O investimento médio de um curso completo para se tornar micropigmentador é de R$22 mil em empresas como a Haut, que se dedica exclusivamente na qualidade da formação, porém, há como fazer cada módulo separadamente:
“O retorno sobre investimento, o popular ROI, pode acontecer em até seis meses, mas vai depender do volume de trabalho de cada profissional e das técnicas que ele vai aplicar. Quanto mais preparado estiver, mais poderá cobrar. Muitos profissionais cobram valores acima de cinco mil reais por uma única sessão, geralmente quem está antenado com tendências e com excelentes equipamentos.”
Investimento em equipamentos
Uma das principais ferramentas do micropigmentador é o dermógrafo, aparelho elétrico com diversas agulhas descartáveis na ponta capaz de produzir diversos efeitos conforme o desejo de quem contratou o serviço.
“Há modelos importados, muitos deles chineses, cujo investimento é alto pelo dólar e arriscado por não ter as certificações da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e, geralmente, sem assistência técnica. Por estes motivos os aparelhos importados não são indicados. Com um aparelho desenvolvido no Brasil, o profissional terá segurança na operação e seus clientes terão a garantia de que está sendo utilizado um equipamento seguro”.
O investimento em equipamentos e materiais para pigmentação, incluindo agulhas, macas especiais e ponteiras, gira em torno de 10 mil reais ou a metade deste valor se não optar pela maca.