Composteiras comunitárias de Curitiba transformam lixo comum em adubo orgânico

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As cascas de banana, laranja, melancia e o pó de café usado pela moradora Rosélia Majewski, do Alto Boqueirão, já não vão mais para o lixo comum e estão se transformando em adubo orgânico, que retorna para deixar a terra do quintal e do jardim dela mais saudável e produtivo. Rosélia é uma das 27 pessoas que utilizam a composteira comunitária do Ecoponto Érico Veríssimo, no Alto Boqueirão.

A ação faz parte do Programa Municipal de Compostagem da Prefeitura de Curitiba, lançado pelo prefeito Rafael Greca em outubro do ano passado, e que incentiva a população a separar resíduos orgânicos secos, como cascas e restos de frutas e legumes, restos de verduras e talos, cascas de ovos, filtro e borra de café, saquinho de chá, folhas e restos de podas do jardim e levar para as composteiras comunitárias. Desde o início do programa, já foram compostadas 2,5 toneladas de resíduos que foram entregues nos Ecopontos por 80 participantes.

As composteiras comunitárias estão em 11 Ecopontos da cidade. Veja aqui os endereços. Além da compostagem, os Ecopontos recebem resíduos de construção e vegetais.

Cuidar do meio ambiente

Rosélia Majewski participa do programa desde o início e nesta terça-feira (6/6) pegou o segundo saco com adubo produzido na composteira comunitária do Ecoponto Érico Veríssimo. Ela é uma defensora da compostagem e incentiva os vizinhos, parentes e amigos a também fazerem. “Temos que fazer a nossa parte para cuidar do meio ambiente. Tudo que vem da terra deve voltar para terra”, disse Rosélia.

Cada composteira comunitária tem capacidade para mil litros. Um zelador fica em cada Ecoponto para ajudar os moradores que levam seus resíduos orgânicos para serem colocados na composteira comunitária.

O material orgânico levado pelos moradores demora cerca de três meses para virar adubo. As datas para a retirada do adubo são avisadas pelos zeladores dos Ecopontos.

“Eu incentivo meus vizinhos a fazer a compostagem também. Explico que, além de separar as cascas que iriam jogar no lixo, eles ganham o adubo orgânico, que é muito bom para ser usado nos jardins e quintal”, disse Rosélia.

A moradora do Alto Boqueirão disse que não dá trabalho nenhum separar o lixo em casa. Ela deixa um baldinho na garagem onde vai acumulando as cascas de frutas e legumes. A cada 15 dias, leva o material no Ecoponto Érico Veríssimo. “Recebi todas as orientações de como separar o lixo e trazer aqui. Achei esse programa da Prefeitura uma maravilha”, definiu Rosélia.

Hábitos sustentáveis

O diretor do Departamento de Limpeza Pública da Prefeitura, Edelcio Marques dos Reis, explica que o Programa Municipal de Compostagem, além dos Ecopontos com a compostagem comunitária, vai abranger diversos segmentos da sociedade, passando pelas hortas comunitárias e incluindo grandes geradores. “Nosso objetivo é a mudança de comportamento em relação à geração de resíduos e ao desperdício de alimentos”, afirmou.

Para reforçar as informações e a importância de dar o destino correto também ao resíduo orgânico, o assunto é um dos temas tratados nas ações de educação ambiental que a Família Folhas leva para as escolas municipais, apresentações em eventos e em materiais gráficos espalhados pela cidade.

“Os moradores dos bairros próximos aos Ecopontos passaram por um trabalho prévio de educação ambiental para saber quais resíduos podem ser compostáveis e como funciona o processo de decomposição do material orgânico”, disse Edelcio dos Reis.

A iniciativa também faz parte do Curitiba Viva Bem, um conjunto de políticas públicas que promovem a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida da população.

Como funciona

O que levar?
As composteiras comunitárias dos Ecopontos recebem cascas e restos de frutas, de legumes e verduras (todos crus), cascas de ovos, filtros e borra de café, saquinhos de chá e restos de folhas.

Precisa ser todos os dias?
Não, as cascas e restos de alimentos não processados podem ser acondicionados em casa, por alguns dias.

Como levar?
Baldes ou sacolas compostáveis podem ser utilizados para levar ou para acondicionar o material até que ele seja encaminhado aos ecopontos.

O que acontece com os resíduos?
Os resíduos colocados na composteira são cobertos com material seco (capim ou serragem), o que impede a formação de chorume em excesso, além de prevenir a propagação de odor e a atração de vetores transmissores de doenças.

Fazenda Urbana

Além do Programa Municipal de Compostagem, vinculado à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a Prefeitura tem o projeto piloto de compostagem na Fazenda Urbana.

No espaço do bairro Cajuru, administrado pela Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN), há um projeto de compostagem que está transformando resíduos coletados por moradores da região em adubo para as hortas da comunidade. Com as ações do Compostroca, cascas de legumes, frutas, ovos e até filtros de café são separados por 22 famílias vizinhas e processados na central de compostagem do local.

Na Fazenda Urbana também são oferecidas oficinas e cursos gratuitos que ensinam técnicas de compostagem para a população.

Curitiba Viva Bem é uma política pública e uma das principais agendas da gestão do prefeito Rafael Greca, assim como a mobilidade urbana, sustentabilidade, empreendedorismo de impacto, cultura da inovação como processo social e cidade educadora. A importância da saúde e bem-estar para os curitibanos motivou a Prefeitura a mobilizar todas as áreas da gestão pública, que estão ampliando as ações de forma conjunta através do Curitiba Viva Bem.

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