Banco do Agricultor Paranaense chega a R$ 174 milhões em financiamentos efetivados

Criado em abril de 2021, o Banco do Agricultor, programa do Governo do Estado do Paraná em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Fomento Paraná, já soma mais de R$ 174 milhões em financiamentos efetivados em 1.289 contratos. Só as contratações feitas pelo BRDE representam 33% do total, em sua maioria em projetos de energias renováveis.

“O Banco do Agricultor é um movimento estratégico para o Estado dar um novo salto e se tornar ainda mais protagonista no agronegócio mundial. É um programa voltado ao desenvolvimento sustentável, à inovação tecnológica e melhoria da competitividade dos produtos paranaenses”, explica o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski.

Dependendo dos contratos e das condições do empréstimo, o financiamento via Banco do Agricultor pode ter juro zero, com os encargos sendo pagos pelo Governo. Há, ainda, carência para o pagamento da primeira prestação, variável de acordo com cada linha de crédito, adequando o compromisso financeiro assumido ao fluxo de caixa da propriedade.

O programa conta também com a participação do Banco do Brasil e de cooperativas de crédito como Sicredi, Cresol, Credicoopavel, Credicoamo e Sicoob, e tem como foco os produtores familiares, agroindústrias familiares e cooperativas da agricultura familiar. “As contratações do Banco do Agricultor são feitas também por convênio com outras instituições, para dar oportunidade de créditos para produtores de diversas cidades e realidades”, ressalta Bley.

A linha de financiamento do BRDE mais aplicada nesse primeiro ano de Banco do Agricultor foi o Fundo Clima. Do total de contratações, 65% foram para projetos de energias renováveis. Composto por 10 subprogramas, o Fundo Clima faz parte dos instrumentos da Política Nacional para Mudança do Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e que visa garantir recursos para projetos, estudos e empreendimentos que tenham como objetivo amenizar as mudanças climáticas.

Através do Fundo Clima, o poder público subsidia os juros de projetos que ajudam a reduzir as emissões de gases do efeito estufa e que se enquadram nos requisitos do crédito, como a instalação de placas solares em micro e pequenas empreendedores paranaenses rurais ou urbanos. O BRDE foi o primeiro banco do País a operar o Fundo Clima, com recursos do BNDES, para financiamento de projetos de pessoas físicas e jurídicas destinados à instalação de sistemas de geração fotovoltaico e de aquecimento solar.

Nesse caso, o Governo do Estado do Paraná fornece uma lista de fabricantes de placas solares parceiros do Banco do Agricultor e, mediante aprovação técnica do projeto pelo Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), os pequenos agricultores podem procurar os parceiros do BRDE para o financiamento.

AGRICULTOR PARANAENSE – As linhas de financiamento do Banco do Agricultor Paranaense têm como objetivo desenvolver ainda mais o potencial agrícola da região. Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o agronegócio tem Valor Bruto de Produção (VBP) na casa de R$ 180,4 bilhões, de acordo com relatório preliminar sobre 2021. O agro representa 34% do PIB total do Paraná. Ou seja, de cada R$ 100 produzidos num ano, R$ 34 tem a ver diretamente com o agronegócio.

O campo e suas vertentes também respondem por 80% do esforço exportador do Paraná, com balança comercial superavitária. A qualidade do solo, a diversidade climática, o sólido sistema cooperativista e de pequenas e médias propriedades e a eficiência dos portos resultam na colocação do Estado como o terceiro maior exportador do agro do Brasil, com mais de 13% do total.

“O Paraná, e o Brasil de forma geral, tem no setor agro uma das poucas possibilidades de competir em grau de igualdade com qualquer parte do mundo. Aqui no Estado fazemos todo o esforço necessário para que a agricultura familiar e os pequenos produtores rurais participem desse processo. O programa Banco do Agricultor Paranaense é um movimento a favor daquilo que fazemos de melhor no Paraná, e o BRDE participa ativamente desse esforço para baratear custos”, explicou Norberto Ortigara, secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento.

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