Anualmente, famílias carentes, algumas em situação de extrema pobreza, da região de Campo Largo, aguardam com expectativa a chegada do “caminhão da turma do Cézar” com as doações de Natal. A ação, de caráter estritamente voluntário, teve início há 19 anos pelo servidor municipal Cézar Miguel de Oliveira, da gerência de parques da Secretaria do Meio Ambiente. Ele reúne colegas de trabalho, amigos e simpatizantes de diversos lugares para angariar e entregar as doações, sempre no domingo que antecede o Natal.

A entrega das doações – brinquedos e, especialmente, alimentos -, será feita neste domingo (18). Um grupo, de aproximadamente 20 pessoas, vai partir, às 8 horas, da frente da Secretaria do Meio Ambiente para auxiliar no trabalho de entrega e de identificação das famílias mais carentes. Eles irão percorrer bairros (Três Córregos, Cerne, Bateias e outros) de Campo Largo onde vivem muitos trabalhadores rurais. Em anos anteriores, as doações chegaram a cerca de 300 pessoas. A ação só termina depois que todas as doações são entregues.

O grupo já conseguiu obter grande quantidade de doações de roupas, mas poucos brinquedos e alimentos. Até esta quinta-feira (15) havia apenas 11 cestas básicas. “Pelo caminho encontramos muitas crianças que necessitam de leite”, lembra Oliveira. Quem ainda quiser colaborar pode entrar em contato pelos telefones (41) 3350-9630 e 99663-9899, ou com Adriana Kreusch, pelo telefone (41) 3350-8161. As doações também podem ser entregues diretamente nas secretarias do Meio Ambiente e da Comunicação Social, até esta sexta-feira (16).

Neste ano, cinco crianças vão receber as bicicletas prometidas no ano passado. De casa em casa, o grupo vai colecionando histórias. Em uma das entregas de bicicleta, Oliveira lembra que entregou o brinquedo para o menino mas percebeu que a mãe tinha outras necessidades, e perguntou: “A senhora está precisando de alguma coisa não está?”. Ela respondeu que não. “O senhor realizou o sonho do meu filho”, afirmou. Ele insistiu e a mulher acabou revelando que fazia três dias que a família só comia farinha.

Fonte: PMC