copelDiretores da Copel culparam, hoje, em audiência pública na Assembleia Legislativa, o modelo de política energética adotada pelo governo federal pelo reajuste de quase 25% nas tarifas de energia da estatal. Segundo o diretor de Distribuição da companhia, Vladimir Dalefe, as principais razões do reajuste foi o aumento dos custos da energia que empresa tem que comprar em leilões conduzidos pelo governo federal. Esses custos aumentaram porque o governo foi obrigado a acionar as termelétricas – cuja energia é mais cara -em razão do atraso de obras de usinas hidrelétricas, e também em virtude dos baixos níveis dos reservatórios dessas usinas, motivado por questões climáticas.

Sobre a não adesão da Copel distribuição à Medida Provisória 579 de 2012, pelo qual o governo federal prorrogava contratos de compra de energia em troca da renovação de concessões, Dalefe afirmou que o impacto disso na tarifa seria de apenas 0,036%. “Ainda que a Copel tivesse renovado esses contratos, o impacto seria de 0,04%”, explicou.

O aumento no consumo de energia motivado pela elevação das temperaturas no início do ano também aumento o custo da mesma, disse o dirigente. Só em janeiro, afirmou, o consumo de energia aumentou 14% no País. “21,12% do aumento da tarifa é por conta da enegia mais cara nos leilões, consequência da opção pelas térmicas”, disse. “Cabe à Copel apenas 1,66% motivados por custos operacionais e de investimentos”, disse Dalefe.

Fonte: Bem Paraná