copelO reajuste da tarifa de energia da Copel será bem menor do que foi deliberado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no mês passado. Em vez de subir os 13,44%, conforme anúncio feito em junho, a tarifa residencial terá reajuste de 8,77%. O índice foi divulgado hoje. O principal impacto no índice de reajuste se refere ao uso de usinas térmicas, cuja energia é mais cara. De acordo com o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, o reajuste permite que o governo amplie o atendimento do programa Luz Fraterna, que garante tarifa zero para famílias de baixa renda. Já existe uma proposta na Assembleia Legislativa que pretendo aumentar o teto de consumo mensal de energia do programa de 100kwh para 120kwh.

Térmicas
O impacto do uso das térmicas na tarifa da Copel é fruto da política nacional do setor, que privilegiou a construção de hidrelétricas sem reservatórios, deixando o setor vulnerável às condições de estiagem e obrigando o sistema a fazer uso das usinas térmicas. Em 2012, a estiagem no País fez com que o Operador Nacional do Sistema acionasse as térmicas de forma intensa, gerando um custo extra.

Leilão
Neste ano, também aparece no índice de reajuste o impacto do leilão de energia A-5 feito em 2008. A sigla significa que a energia leiloada é usada cinco anos depois. No leilão, o governo federal só tinha energia de usinas térmicas para oferecer ao setor, por isso agora acontece o impacto na tarifa. Dentro do reajuste deliberado pela Aneel, também está o impacto da variação do dólar sobre a energia de Itaipu.

Reduções
Apesar do reajuste autorizado pela Aneel, a tarifa residencial da Copel custa hoje 13,3% menos do que custava em 2010. Naquele ano, o kWh de energia elétrica chegou a R$ 0,30. Mesmo com o reajuste, o kWh custa agora R$ 0,26 na tarifa residencial. Isso porque a Copel concedeu duas reduções de tarifa recentemente, de 0,65%, em junho do ano passado, e de 18,12%, em janeiro último.

Na média, que leva em conta vários tipos de tarifa (residencial, comercial, industrial), o reajuste da tarifa será de 9,55%, também bem menor que os 14,61% de reajuste que haviam sido deliberados pela Aneel em junho. As novas tarifas valem, de forma retroativa, a partir de 24 de junho último, data-base anual de reajuste da Copel.

O reajuste da tarifa no Paraná faz parte do calendário anual da Aneel que vale para todo o País, com data-base e índices diferenciados para cada concessionária. A Celtins, no Tocantins, teve reajuste na semana passada, de 10,23%. A Celesc (SC) terá reajuste em agosto; e a CEEE (RS) em outubro. A Light, no Rio de Janeiro, terá reajuste em novembro.

TARIFA RURAL
Além do Luz Fraterna, outro benefício garantido aos paranaenses é a tarifa rural noturna com desconto de 60%, que foi ampliada até dezembro de 2014. É uma tarifa que beneficia principalmente a agricultura, atendendo atualmente mais de seis mil produtores.

A Copel também anunciou investimentos importantes para aumentar a oferta de energia hidráulica, mais barata que a térmica. No mês passado, a empresa assinou termo de entendimentos com a Neonergia para participação de 30% na Usina Baixo Iguaçu, que será construída no rio Iguaçu, entre Capanema e Capitão Leônidas Marques. Baixo Iguaçu terá potência de 350 megawatts, suficiente para atender 1 milhão de pessoas.

Com informações da AEN

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