boqueiraoO Paraná iniciou ontem uma corrida contra o relógio para mudar de casa nas últimas três partidas como mandante no Paranaense. Para não agravar a situação do gramado da Vila Capanema – que sofreu manutenção errada e precisará ser reformado –, a direção do clube decidiu que a Vila Olímpica do Boqueirão é o local ideal para enfrentar Operário, J. Malucelli e Cianorte. O grande empecilho será concluir todas as mudanças em tempo recorde.

O jogo contra o Fantasma, por exemplo, está marcado para a quarta-feira da próxima semana, às 19h30. De acordo com o regulamento, o confronto precisa ser homologado 72 horas antes de sua realização.

Porém, como a Federação Paranaense de Futebol (FPF) precisa receber os laudos da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros com pelo menos um dia de antecedência, a data-limite seria neste sábado.

Com tanta urgência, o Tricolor começa a se mexer para jogar no Estádio Érton Coelho de Queiroz. “Já fiz contato com a PM e o Corpo de Bombeiros pedindo a vistoria para ver se [o estádio] tem condições ou não”, afirma o vice-presidente paranista Luiz Carlos Casagrande, o Casinha.

“A gente já fez uma geral do ano passado para cá e arrumou muita coisa. Mas ainda tem um monte de coisa [pendente]. Por isso pedimos que façam, dentro das normas, o mais rápido possível para que em uma semana a gente coloque tudo o que falta em ordem”, fala o dirigente, que espera dar pelo menos um mês de descanso ao campo do Durival Britto e Silva.

Além de promover, no prazo, adaptações como a estrutura de catracas, acesso em portões, separação de torcidas, banheiros para deficientes, e conseguir o laudo de engenharia da Vila Olímpica, outro problema ameaça a mudança paranista.

Como o estádio não tem a iluminação adequada, os jogos teriam de ser à tarde, o que pode entrar em conflito com a televisão (pay per view), que tem direito de alterar os horários de acordo com sua vontade. Sem câmeras de segurança, o público seria limitado a 9.999 mil.

“É uma situação que vão ter de conversar. O contrato prevê essas alterações pelo interesse da tevê, que é quem está pagando”, lembra o diretor-geral da FPF, Luiz Antônio Gusso.

Fonte: Gazeta do Povo