Paranavaí registra o primeiro caso residente de dengue tipo 4 no Paraná
Paranavaí, a 75 quilômetros de Maringá, registrou o primeiro caso residente do sorotipo quatro da dengue no Paraná. A situação foi confirmada no fim da semana e divulgada nesta segunda-feira (14) pelo Coordenador de Sala da Situação da Dengue da Secretaria da Saúde, Ronaldo Trevisan.
O sorotipo quatro já havia sido registrado no Paraná, mas foram classificados como casos importados. Ou seja, pacientes viajaram a outros estados e voltaram com o vírus.
“Em Paranavaí, o caso é residente. A pessoa não teve deslocamento nos 15 dias anteriores à doença”, confirmou Trevisan. “Passa a ser considerado o primeiro caso do estado: a transmissão aconteceu em Paranavaí”, disse ele.
Outro caso foi confirmado neste ano em Maringá, mas foi considerado importado, pois o receptor do vírus esteve em Mato Grosso antes de ser atendido. “Isso significa que Maringá não tem transmissão do sorotipo quatro”, explicou o coordenador.
Tanto no caso de Paranavaí como no de Maringá, as pessoas foram infectadas em dezembro, mas a confirmação só chegou na semana passada – após os exames laboratoriais.
Trevisan ainda explicou que o novo vírus não possui diferença em relação aos demais, entretanto, pode desencadear uma epidemia de casos e até mesmo um aumento de situações graves no estado. “Como não tivemos dengue quatro no estado, a população fica exposta ao novo vírus [não estão imunes]. Muitos tiveram algum dos outros três sorotipos e uma segunda infecção geraria riscos graves”, analisou.
Os sintomas também são os mesmos dos outros tipos conhecidos da dengue: febre alta, dores de cabeça, dores abdominais e no fundo dos olhos, além de manchas vermelhas pelo corpo. “A pessoa fica entregue, quer ficar quieta e até se movimentar pouco porque sente muitas dores.”
As pessoas que tiveram dengue quatro em Paranavaí e Maringá já se recuperaram.
Casos de dengue
O Paraná registra casos confirmados de dengue desde 1993, quanto os sorotipos um, dois e três passaram a ser frequentes na população. Segundo Trevisan, foram 15 mortes em 2010 e 2011, e uma em 2012.
Fonte: Gazeta do Povo