Os funcionários da Copel fazem nesta quinta-feira (29) uma nova paralisação, desta vez por 48 horas. O protesto é organizado por sindicatos que representam mais de 97% dos trabalhadores da companhia. O objetivo é pressionar a empresa a retomar as negociações do Acordo Coletivo 2012/13. Durante o protesto, os funcionários irão fazer assembléias para discutir se aceitam ou não a nova proposta da empresa apresentada na noite desta quarta-feira (28). Não foi divulgado até o momento quais seriam os termos desta nova proposta, mas caso seja aceita, o protesto será cancelado.

Em Curitiba, o protesto vai se concentrar em frente à sede da Copel, localizada na rua Coronel Dulcídio, no Batel. A rua será fechada durante a manifestação. Durante a paralisação, haverá o respeito à legislação de manter 30% dos funcionários na ativa.

Taxada como “indecorosa” e rejeitada por 73,51% dos 5.840 empregados que participaram das assembleias, a primeira proposta da empresa contempla reajuste salarial pela inflação (5,58%). A proposta do Sindicato é de reajuste de 8,5%, que representa as perdas mais 3% de reivindicação. Além do reajuste, a pauta de reivindicações dos servidores possui outros 17 itens.

Na última quinta-feira (22), os sindicatos e funcionários paralisaram atividades e realizaram protestos em frente à sede da empresa, em Curitiba, e no interior do Paraná. 70% dos empregados da Copel cruzaram os braços sob, principalmente, a bandeira de aumento real de 3% nos salários.

Segundo o presidente do Senge-PR, Ulisses Kaniak, embora o reajuste oferecido pela Copel para alimentação (9,6%) seja superior ao INPC, é inferior à inflação do grupo Alimentos e Bebidas em Curitiba (9,87%). Já o auxílio-creche concedido estaria abaixo do custo médio do serviço em Curitiba.

De acordo com a empresa, a Copel sofre um “cenário desfavorável”, o que a impede de contemplar as reivindicações dos funcionários. Apesar disso, os funcionários afirmam que a empresa reajustou os salários dos seus diretores em 42,34% entre 2010 e 2012, cujo gasto com salários partiu de R$ R$ 784.267,24 para R$ 1.116.301,03 anuais.

Fonte: Banda B/foto: site Sismuc