Mandirituba é uma criança de 13 anos– se analisarmos que a vida começa aos 40 anos, claro. Neste dia 25 de julho, a cidade da Região Metropolitana de Curitiba completa 53 anos de existência. Vamos ver um pouco mais sobre essa cidade, capital latino-americana da camomila, aqui no Jornal do Povo Paraná.

O nome da cidade
Desde a sua emancipação política de São José dos Pinhais em 15 de novembro de 1960, a cidade só cresce, mas as origens do município são mais antigas. O nome da cidade Mandirituba tem origem do tupi ”mandi” (bagre) “i” (água, rio) e ”tuba” (muito), ou seja, rio de muito bagre. Mas de acordo com o pesquisador regional Paulo R. M. Oliveira, que é morador do município de Fazenda Rio Grande, o termo “Mandirituba” tem raízes de “manduri”, uma espécie de abelha, pequena e negra, sem ferrão, que é abundante na região ( o famoso “manduricão”), que produz um mel que é muito apreciado e com propriedades medicinais, mais o termo “tuba”, resultando em ‘’muita abelha manduri’’.

Origem
Os primeiros registros na região datam de 1882, quando Leopoldo dos Santos construiu aquela que seria a segunda serraria do Paraná naquelas bandas dentro , seguida prontamente, em 1900, por outra erguida onde era denominado Fazenda Rio Grande, dentro do território do município de São José dos Pinhais. E essa propriedade, dos Irmãos Berttega Ltda., acabou sendo a responsável pela construção das primeiras casas comerciais e de uma pequena escola. Não demorou muito para que outras pessoas fossem atraídas para a região, com mais casas construídas, até que em 1909 o lugar conhecido como Estrada de Mandirituba foi elevado a Distrito Judiciário, no dia 17 de maio, através do Decreto Estadual n.º 243. Simplificando o nome para Mandirituba, o território pertencia à Comarca de São José dos Pinhais.

Somente pela Lei Estadual n.º 4.245, datada de 25 de julho de 1960, é que Mandirituba foi elevada à categoria de município, desmembrando-se do município de São José dos Pinhais. A sua instalação oficial aconteceu em 15 de novembro de 1961.

Porém outro pesquisador chamado José Carlos Veiga Lopes escreveu que “na relação de fazendas e sítios elaborada por Afonso Botelho, em 1772, encontramos a fazenda do padre Manuel da Cruz Lima chamada Mandirituba, distante da vila de Curitiba cerca de seis léguas. Na lista de ordenanças da vila de Curitiba referente ao ano de 1785, na freguesia de São José, é encontrado o bairro de Mandirituba, com 24 casas.”

Emancipação
Quando Alfredo Cordeiro da Rocha foi nomeado pelo governador do Paraná em 1960 para administrar a cidade, não havia linhas de ônibus internas na cidade. As “lotações” para Curitiba, distante 26 km, aconteciam semanalmente. A primeira eleição direta, um marco para cidade, aconteceu um ano depois da emancipação, quando Francisco Ari Claudino levou o pleito.

Mandirituba Hoje
A referência industrial de Mandirituba hoje está na fábrica da Forja Taurus (capacetes, plásticos injetáveis e blindagem) e a Petrofisa (produção de canos), além da produção de camomila que a transformou em referência para toda a América-latina. A população hoje pode desfrutar de muita cultura também, com teatros (como o Areia Branca dos Assis e Espigão das Antas) e as festas, como a do padroeiro,que agita o Parque Municipal Angelo Zeglin Palu.

Nada mal para uma criança de 53 anos, concordam?

Parabéns, Mandirituba!

Com informações do JPP e dados históricos do prdagente.pr.gov.br