A catarata é o turvamento progressivo do cristalino, que interfere na absorção da luz que chega à retina. Os portadores da doença normalmente a descrevem como se estivessem olhando através de uma queda d’água ou de uma folha de papel vegetal, com embaçamento gradual ou diminuição da visão. Mais de 50% das pessoas acima dos 60 anos e alguns mais jovens sofrem de catarata. A doença é tão comum que é corrente o ditado de que “todos teremos catarata, se vivermos o bastante”.

Perigos da doença
De acordo com o oftalmologista Arthur Schaefer, da Clínica Schaefer, o portador de catarata tem dificuldade para ler e dirigir um carro pode se tornar perigoso. O paciente pode se sentir incomodado por luz forte ou ver halos ao redor de luzes. “No início, uma mudança no grau dos óculos pode até ajudar mas, com o avanço da catarata, a visão vai diminuindo progressivamente”, afirma. Segundo o especialista, o único tratamento médico para a cura da catarata é a cirurgia. “E uma vez removida e substituída por uma lente artificial, ela nunca mais volta”, assegura o médico.

Cirurgia de Catarata
Antigamente, a cirurgia era considerada arriscada e muita gente a evitava até onde fosse possível. A internação, por uma semana ou mais, era sempre necessária e as complicações após a cirurgia eram frequentes. Hoje em dia, a cirurg ia é realizada em regime ambulatorial, com colírio anestésico, e leva apenas alguns minutos. Geralmente, logo após a cirurgia os pacientes recebem alta e vão para casa.

Técnicas avançadas
Hoje o médico conta com uma avançada técnica cirúrgica chamada faco-emulsificação, ou seja, cirurgia de catarata de pequena incisão. Após a aplicação de anestesia local, utilizando um microscópio, realiza-se incisão de 2,2 mm na córnea do paciente (tecido transparente como se fosse o vidro do relógio do olho). A catarata é então fracionada em micro partículas sendo emulsificada e então aspirada, deixando uma cavidade oca para o implante de uma lente artificial totalmente biocompatível, que compensa a remoção do cristalino cataratoso. A incisão irá cicatrizar naturalmente nos dias subsequentes.

Cirurgia bem sucedida
“As pessoas têm diferentes períodos de recuperação, mas a maioria dos pacientes apresenta melhora quase imediatamente após a cirurgia e retorna às suas rotinas em um ou dois dias”, afirma o oftalmologista Arthur Schaefer.

De acordo com a Sociedade Americana de Catarata e Cirurgia Refrativa, nos Estados Unidos, 98% dos pacientes apresentam melhoria da visão após a cirurgia. Muitos experimentam uma visão que, na verdade, é melhor do que a que eles tinham antes de desenvolverem a catarata. Os resultados da cirurgia são permanentes, dando ao paciente uma boa visão por toda a vida.

A escolha é sua
A catarata pode levar anos para se desenvolver. Mas, qual é o momento certo para removê-la? A resposta é simples: a hora de remover a catarata é quando você acreditar que a qualidade de sua vida seria melhor se você voltasse a enxergar. Só você pode decidir qual é a hora de reabrir seus olhos para um mundo brilhante e nítido.

Cuidados pré-operatórios
– O paciente deve lavar bem a cabeça anteriormente a cirurgia;
– Fazer sua última refeição 8 horas antes da cirurgia;
– Se estiver tomando algum remédio, tomá-los no horário de costume e com o mínimo de água;
– Chegar ao hospital para o internamento, com todos os exames e as guias de seu convênio devidamente liberadas, em mãos.

Cuidados pós-operatórios
-Nas primeiras 24 horas após a cirurgia, o paciente não deve realizar esforço físico e também não deve abaixar a cabeça evitando movimentos bruscos;
-Cuidado com a locomoção e se movimente devagar;
-Seguir orientações do seu médico, tomar ou instilar os medicamentos receitados na dose e hora corretas;
-Sempre lavar as mãos antes de instilar colírios ou pomadas;
-Evitar ambientes quentes e poluídos, vapor, poeira, vento, shampoo e sabão no olho operado;
-Não e sfregue os olhos, não passe maquiagem, evitando assim qualquer trauma;
-Existem sinais e sintomas comuns ao pós-operatório como fotofobia (dificuldade na claridade), sensação de cisco nos olhos e dificuldade de visão de perto;
-Em caso de dor, olho vermelho, secreção e baixa da acuidade visual, comunicar imediatamente seu médico;
-Fazer visita periódica ao seu médico até receber alta definitiva.

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Com informações e imagens da NCA Comunicação