Disputa pela prefeitura de Curitiba será um teste do que sobrou do lavajatismo

Curitiba é sem sombra de dúvidas a grande marca da Lava Jata e contribuiu no campo político significativamente para a eleição dos seus principais expoentes: o ex juiz Sérgio Moro para o Senado Federal e o ex promotor Deltan Dallagnol para a Câmara Federal, esse último já cassado pelo Supremo Tribunal Eleitoral – STE. No entanto, desde a última eleição nacional, ainda no seu ápice, a Lava Jato entrou numa fase de contestações e até desconstrução. Agora, em 2024, com a eleição para a prefeitura de Curitiba, a Lava Jata terá o grande teste do que sobrou da sua fama e defensores.

É em Curitiba, capital do Paraná, que Deltan Dallagnol vive e concentra suas atividades políticas. Agora filiado ao Partido Novo, virou garoto propaganda e tenta colocar a sigla com algum destaque na política local, mas a tarefa não tem encontrado êxito. Até agora, nenhuma grande filiação e um discurso que parece estar perdendo o encanto ou cansado nas suas redes sociais. Uma eventual candidatura de Deltan Dallagnol a prefeito de Curitiba pode ser a última grande cartada da Lava Jato no campo político local.

Recentemente ele mesmo publicou um vídeo dizendo que não está inelegível e pode concorrer. Resta saber se terá disposição para isso, levando em conta o número de ações que será alvo na justiça eleitoral. Sem ele na disputa, as chances do Novo ou de um representante da Lava Jato a altura se reduz significativamente. Deltan chegou a anunciar a filiação da sua esposa, Fernanda, mas que não tem nenhuma expressividade no meio político.

Há chances ainda de uma coligação de Deltan Dallagnol e do Novo com algum outro pré-candidato a prefeito da capital. Neste caso alguém que seja bem guinado a direita. Fala-se em Paulo Martins e, em chances menores, Ney Leprevost. No caso de Paulo Martins dependeria da aprovação do PL a sua candidatura. No caso de Leprevost, há muitos rumores de que ele não sustenta candidatura até o final.

Nos bastidores fala-se que Deltan Dallagnol e o Novo estiveram próximos de Eduardo Pimentel, mas quando Pimentel subiu no palanque com Beto Richa e companhia toda e qualquer conversa foi zerada. Para quem fala da eleição no Centro Cívico, centro do poder paranaense, a aposta é que a presença de Deltan na disputa pela prefeitura de Curitiba é voo de galinha, principalmente pela falta de um grupo. Também há a análise de que o ex-procurador e não conversa com a cidade, mantém seu discurso de influencer nas redes sociais e provavelmente não tem ideia do que seja o Inter 2 ou onde fica a Regional Tatuquara.

Para os políticos tradicionais de Curitiba e do Paraná isso é muito bom.

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Imagem:Pablo Valadares / Câmara dos Deputados / Fonte: Agência Câmara de Notícias

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