A Rua XV de Novembro irá ganhar um monumento em homenagem à engenheira curitibana Enedina Alves Marques, a primeira mulher diplomada em Engenharia Civil na região Sul do País e primeira engenheira negra do Brasil. A escultura será implantada pela Prefeitura, em parceria com o Centro Universitário Internacional Uninter próximo do Edifício Garcez, sede da instituição de ensino.

“É uma homenagem muito importante à professora e engenheira Enedina, curitibana e pioneira. Enedina foi grande e foi nossa, e será eternizada como exemplo de mulher resiliente que esteve além do seu tempo e é orgulho da nossa cidade”, afirmou Greca.

Nesta quarta-feira (26/10), a sugestão de layout da escultura foi apresentada ao prefeito Rafael Greca, em reunião no Palácio 29 de Março, pelo diretor de Marketing da Uninter, Mario Henrique Thomé da Cruz, acompanhado do presidente da Opus Múltipla, Rodrigo Rodrigues, do diretor da agência, Dino Camargo e do diretor de Criação da Opus, Alexandre Catarino. O prefeito foi acompanhado na reunião pela secretária da Comunicação Social, Cinthia Genguini e a superintendente da SMCS, Juliana Midori.

O diretor de Marketing da Uninter, instituição que irá custear a obra, Mario Thomé disse que a sugestão de a estátua estar próxima da sede da universidade é para reforçar a causa pela educação.

“Aprovo a ideia e gosto. Estamos, inclusive, desenvolvendo uma estrutura de educação, no Vale do Pinhão, que integrará o CMEI Enedina Alves Marques a uma escola que homenageará os Irmãos Rebouças”, afirmou Greca.

Com a aprovação do layout, seguirão os processos de produção da obra e também estudo da locação exata do monumento pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). A estimativa é que a escultura seja implantada no fim de 2023 ou início de 2024.

Pioneira

Enedina Alves Marques nasceu em Curitiba, em 13 de janeiro de 1913, filha de Paulo Marques e Virgília Alves Marques.

Formou-se em Engenharia Civil, em 1945, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), entrando para a história como a primeira mulher a se formar em engenharia no Sul e a primeira engenheira negra do Brasil.

Em 1946, foi auxiliar de engenharia na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas. No ano seguinte para o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica onde trabalhou no Plano Hidrelétrico do Paraná e atuou no aproveitamento das águas dos rios Capivari, Cachoeira e Iguaçu.

A participação na construção da Usina Capivari-Cachoeira foi um dos marcos no trabalho de Enedina como engenheira. Dentre outras obras em que teve participação, destacam-se o Colégio Estadual do Paraná e a Casa do Estudante Universitário de Curitiba (CEU).