Você pode se perguntar: por que há tanta restrição no transporte de óleo? A resposta é simples: o perigo que o produto representa para a saúde das pessoas, para o meio ambiente e lençol freático. O processo de autorização para esse tipo de transporte é rigoroso.

“Há empresas que são, praticamente, de fundo de quintal oferecendo compra e transporte de óleo vegetal usado para restaurantes. É possível encontrar até mesmo picapes com um sistema de som avisando pelos bairros que está passando. Eles compram o óleo e levam ali mesmo, sem nota, sem certificado de origem e destino, e basta um acidente para derramar este produto e entupir a rede de esgoto imediatamente” explica Vitor Dalcin, diretor executivo da Ambiental Santos.

Como saber se a empresa está preparada para transportar o seu óleo vegetal?

A única maneira de conferir é averiguar se toda a documentação está em ordem – CNPJ, Inscrição Estadual, Alvará, Licença de Funcionamento Municipal, Licença de Operação para Reciclagem, Licença de Transporte de Resíduos e Cadastro no IBAMA,

“O transporte precisa ser feito em um caminhão em boas condições, com equipamento de mitigação de acidente, kit contra acidente ambiental que precisa conter material de limpeza, de contenção de óleo e cone. A empresa também precisa declarar quais são as rotas que faz e ainda ter seguro ambiental” completa Vitor.

No momento da renovação do alvará, há ainda uma série de exigências a serem cumpridas, como certificação de destino do óleo. Esse histórico é o que comprova todas essas ações de reciclagem. Caso não tenha, além de não conseguir a renovação, ainda há multas que começam na casa dos R$ 400 dependendo do município, chegando a casa dos milhares de reais.