A Prefeitura de Curitiba recebeu nesta terça-feira (3), do governo estadual, R$ 4 milhões para a compra emergencial de medicamentos. O repasse foi no Palácio Iguaçu, em cerimônia que reuniu o governador Beto Richa, os secretários da Saúde João Carlos Baracho (de Curitiba) e Michele Caputo Neto (do Paraná), o deputado federal Luciano Ducci e o líder do governo na Câmara Municipal, Pier Petruzziello. “É um gesto de solidariedade com o povo de Curitiba”, disse Richa.

Segundo Baracho, os recursos garantem o abastecimento da rede municipal de saúde pelos próximos dois meses. “Até lá teremos tempo suficiente para nos reorganizar”, observou o secretário, que agradeceu a iniciativa do Estado. “Como diz o prefeito Rafael Greca, não podemos perder nem um minuto na luta pela preservação das vidas. É isso que estamos fazendo aqui”, completou.

A Prefeitura também recebeu R$ 19 mil em insumos – como luvas e seringas. “Toda a ajuda é bem-vinda porque a crise assistencial é absoluta. A atenção primária à saúde de Curitiba, que sempre foi de excelência, perdeu-se, descaracterizou-se e só se manteve até agora graças ao esforço dos servidores, que em muitos casos chegaram a se cotizar para ter o básico e seguir atendendo à população”, contou Baracho, que dedicará os primeiros dez dias de trabalho à realização de uma auditoria em toda a estrutura da rede municipal de atendimento.

Desmonte
Ducci, que já foi secretário municipal da Saúde e prefeito de Curitiba, lamentou o que chamou “desmonte promovido pela gestão anterior”. Segundo ele, os postos de saúde foram fechados nos últimos dias do ano para evitar a reposição de remédios e outros insumos, mas a desestruturação também atinge programas estratégicos, como os de controle da hipertensão arterial, diabete e saúde mental.

Caputo lembrou a crise dos hospitais, que teriam sido “tratados de forma leviana”. O Fundo Nacional de Saúde repassou à Prefeitura de Curitiba R$ 34 milhões referentes aos serviços prestados em outubro, mas apenas 10% disso chegaram aos hospitais. Por isso, na semana passada, a Secretaria de Estado da Saúde acionou o Ministério Público do Estado e da União. A intenção é resolver a crise instalada em hospitais como Evangélico, Cajuru, Trabalhador, Erasto Gaertner, Santa Casa, Madalena Sofia, Cruz Vermelha, Mater Dei, Pequeno Príncipe e São Vicente.

Fonte: Prefeitura de Curitiba