farinhaA Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), câmpus de Toledo, firmou convênio de cooperação na área de inovação tecnológica com a empresa Fabril Indústria e Comércio de Farinha Ltda. Pesquisadores e alunos da graduação/mestrado/doutorado do curso de Engenharia Química, sob a coordenação do professor Camilo Freddy Mendoza Morejon, desenvolverão tecnologias alternativas para a otimização do processo produtivo e também para o tratamento e o aproveitamento de resíduos industriais gasosos, líquidos e sólidos da empresa.

Em contrapartida, a Empresa Fabril Ltda fará um investimento em equipamentos e infraestrutura no valor de R$ 100 mil para o Laboratório de Desenvolvimento de Protótipos e Tecnologia Ambiental (Labitec) do Projeto Pró-Natureza Limpa, do curso de Engenharia Química.

Segundo o diretor-geral da Unioeste/câmpus de Toledo, professor José Dílson Silva de Oliveira, a parceria Universidade-Empresa, nos moldes da Lei de Inovação, além de contribuir com o atendimento das demandas tecnológicas do setor industrial, viabiliza também a melhoria da infraestrutura dos laboratórios da universidade e cria um espaço diferenciado para a atuação dos pesquisadores e alunos da Unioeste. “De modo geral as empresas brasileiras têm nas universidades parceiros importantes para a implantação de projetos inovadores”, comentou o coordenador.

Já para o sócio proprietário da empresa Fabril Ltda, Jair dos Santos, o diagnóstico técnico da empresa; as estratégias para o incremento do processo produtivo e as alternativas tecnológicas para o tratamento de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, apresentadas pelo professor Camilo Morejon, foram fundamentais para concretizar o relacionamento Universidade-Empresa. “Acreditamos no potencial da universidade e faremos todos os esforços para atingir as metas do convênio”, afirmou.

O professor do curso de Engenharia Química, Camilo Morejon, também coordenador geral do Núcleo de Inovações Tecnológicas da Unioeste, destacou que a experiência, o histórico de produção intelectual e o reconhecimento na área de inovação foram fundamentais para a concretização do convênio Universidade-Empresa. “A exemplo de outras experiências de relacionamento Universidade-Empresa, a presente parceria deve contribuir ainda mais na produção intelectual, na área de inovação”, declara.

Ele ainda comentou que pretende-se transformar a empresa Fabril Ltda numa extensão dos laboratórios da universidade, onde as novas tecnologias poderão ser testadas e monitoradas nas condições reais de operação.

Outro aspecto relevante apontado pelo professor Camilo é a consequência positiva da implantação da Lei de Inovação, no âmbito federal e estadual, pois segundo ele esse instrumento deve viabilizar o retorno não convencional do investimento em ciência e tecnologia e também a possibilidade da transformação do conhecimento em riqueza.

“Nesse cenário, o grande desafio brasileiro, na área de inovação, é a consolidação do relacionamento Universidade-Empresa, para que o investimento em ciência, tecnologia e inovação, retorne à sociedade na forma de novos produtos, processos e tecnologias”, explicou o professor, salientando que a consequência disso será a otimização dos processos produtivos, a geração de emprego e renda, a melhoria da qualidade de vida e a preservação do meio ambiente.

PROJETO PRÓ-NATUREZA LIMPA – Somente os estudos de caso do projeto Pró-Natureza Limpa da Unioeste, idealizado em 2002 pelo professor Camilo, somam 23 protótipos/plantas piloto, 16 patentes, três cartas patente (concedidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial-INPI) e 13 transferências/licenciamento de tecnologia, nos moldes da Lei de inovação, para empresas de Toledo-PR e Recife-PE.

Esses dados apontam uma eficiência, do projeto Pró-Natureza Limpa da Unioeste, de 81% no atendimento do objeto maior da Lei de Inovação, que é a inserção, no mercado, do resultado da atividade intelectual desenvolvido na universidade.

Fonte: AEN