noticia_706493_img1_5f1.interApós as depredações no Centro de Curitiba na segunda-feira, 14 manifestantes foram encaminhados pela Polícia Militar do Paraná à delegacia. Todos são jovens — dois adolescentes de 15 e 17 anos, que foram encaminhados para a Delegacia do Adolescente, e 12 maiores de idade, encaminhados para o 1º Distrito Policial (DP) de Curitiba. O perfil deles, segundo a polícia, é de pessoas com ensino médio ou superior, muito ligados com a internet e as mídias sociais, e o mais curioso: todos são de classe média ou média-alta.


Entre os jovens detidos, há quem estudou durante o ensino fundamental e médio em escola particular na Capital que cobra quase R$ 1.000,00 a mensalidade. Há também quem faça faculdade particular em Curitiba, pagando em torno de R$ 1.000,00 por mês para conseguir o diploma.

Segundo informações extra-oficiais, a Defensoria Pública teria feito o pedido de liberdade no final da tarde de ontem para 6 dos 12 presos. Outros três pedidos ainda seriam encaminhados.

Dos 14 manifestantes, 13 foram autuados pelo crime de dano. Patrimônios públicos e privados foram depredados no Centro de Curitiba, entre as ruas Marechal Floriano e André de Barros, após atos violentos em meio à manifestação contra a realização da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014. Os 12 maiores de idade foram levados para o 1º Distrito Policial (DP) de Curitiba. Cinco deles foram autuados pelos crimes de resistência, desobediência e dano.

Outras cinco pessoas presas pelo crime de dano; uma pessoa pelo crime de associação criminosa, ameaça e dano e outra por roubo a uma banca. Os dois adolescentes foram para a Delegacia do Adolescente e respondem pelos crimes de resistência, danos, desobediência e posse de entorpecentes.
Polícia Federal
No dia do primeiro jogo da Copa em Curitiba, na segunda-feira, 21 integrantes de organizações anti-Copa foram convocados para “prestar esclarecimentos de interesse da Justiça”, na Polícia Federal (PF). A PF garantiu que os convocados não são acusados dos delitos e negou qualquer intenção de barrar as manifestações, que considera legítimas. Os ativistas foram convocados a comparecer à delegacia pela manhã, enquanto o jogo ocorreu à tarde.

De acordo com a assessoria da PF, os ativistas foram ouvidos como testemunhas para ajudar na identificação de pessoas que praticaram atos de vandalismo, de depredação do patrimônio, entre outros delitos, durante protestos. Eles foram escolhidos a partir de imagens das manifestações.
Os autores dos delitos, caso identificados, podem pegar penas que variam entre detenção de um a seis meses ou multa por destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, até reclusão de um a três anos por associação criminosa.

Fonte: Bem Paraná