Os passeios de barco do Macuco Safari e o restaurante do Porto Canoas, nas Cataratas do Iguaçu, no oeste do Paraná, foram liberados após a baixa do volume de água, que chegou a bater recorde de 46,7 milhões de litros por segundo, vazão 30 vezes maior, na segunda-feira (9).

Nesta quinta-feira (12), às 5h, o volume era cinco vezes maior com 12 milhões de litros. O normal, segundo a administração do Parque Nacional, é de 1,5 milhão de litros por segundo. As passarelas ainda permanecem interditadas.

Na quarta-feira (11), o volume de água registrado era de 11 vezes acima do normal. A administração do parque acredita que a força da água pode ter causado danos na passarela. No dia com o maior volume de água, não era possível enxergá-la direito, pois estava coberta pela água. Porém, a situação só poderá ser avaliada quando a água baixar.

Os temporais também tiveram reflexos no nível do Lago de Itaipu, o que fez a usina hidrelétrica abrir o vertedouro no sábado (7) para escoar o excedente de água.

No domingo (8), foram suspensos os passeios de barco pelo Rio Iguaçu. Desde segunda-feira os elevadores do mirante ao lado das quedas estão desligados. A enchente arrancou ainda parte da plataforma de rapel e no restaurante do Porto Canoas mesas e cadeiras precisaram ser retiradas por causa do avanço da água.

Estragos da chuva
O estado do Paraná foi atingido por fortes chuvas entre sábado e domingo. Conforme o último boletim divulgado pela Defesa Civil, às 18h de quarta-feira, 564.974 pessoas sofreram com algum problema em decorrência da chuva. Em todo o estado, são 4.824 desabrigados, sendo que 4.193 estão em abrigos públicos. A cidade com o maior número de pessoas atingidas é Cascavel, no oeste do estado, onde 150.050 ainda sofrem com racionamento de água. Há duas pessoas desaparecidas, conforme a Defesa Civil, sendo uma em Rebouças e outra em São João do Ivaí.

O número de desaparecidos chegou a seis, entretanto, três foram encontrados com vida. Onze pessoas morreram. Além dos 130 municípios que foram decretados em estado de emergência pelo governo estadual.

Fonte: G1PR