noticia_386972_img1_6f1interFaltando dois dias para o começo da Copa do Mundo, as autoridades de segurança pública ainda têm frescas na memória as cenas de violência vistas durante a Copa das Confederações, em junho de 2013. Em Curitiba, uma manifestação no dia 21 de junho do ano passado reuniu 15 mil pessoas. Após o ato bonito, uma minoria apelou para violência. O saldo foi de 26 pessoas detidas, três policiais feridos e um rastro de destruição na Avenida Cândido de Abreu, com prejuízo de R$ 1,5 milhão por conta de prédios públicos e comércios vandalizados no Centro Cívico. Para evitar que as cenas do filme de terror se repitam, a Polícia Militar garante estar preparada.


Até o momento, duas manifestações já estão marcadas na Capital via redes sociais, ambas para o dia 16 de junho, quando Irã e Nigéria jogarão na Arena da Baixada. A primeira manifestação, “No País da Copa… Homofobia não rola, está marcada para as 10h30, na Boca Maldita. O evento, organizado pelo Grupo Dignidade, irá reunir manifestantes que condenam a homofobia em quatro países que virão jogar em Curitiba: Irã e Nigéria — regidos pela Sharia, lei islâmica que penaliza o homossexualismo com a morte por enforcamento ou apedrejamento —, Argélia cuja legislação estipula como pena a prisão para os homossexuais e a Rússia, que proíbe propagandas de orientações sexuais “não convencionais”. Cerca de mil pessoas confirmaram pelo Facebook que irão “mostrar o cartão vermelho para a homofobia.

Quando acabar a manifestação pela Justiça, cidadania e igualdade para as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, será a vez do movimento “Não Vai Ter Copa” tomar a Boca Maldita. Mais de 2 mil pessoas estavam confirmadas até ontem no evento, que tem hora marcada para as 14 horas. Os organizadores defendem que “se posicionar contra a Copa é se posicionar contra a influência do poder econômico nas decisões políticas, que deveriam levar em consideração, antes de mais nada, os interesses do povo” e garantem que os protestos contra o Mundial têm cunho suprapartidário, estando “acima dos interesses políticos de partidos específicos”.