ramazzini_5614A Polícia Civil do Paraná e a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) concluíram ontem em Almirante Tamandaré, na Grande Curitiba, um ciclo de operações de repressão à venda de cigarro ilegal em pontos comerciais. Blitze do gênero já haviam sido realizadas no mês de maio em Londrina, Ponta Grossa, Goioerê e Araucária. Ao todo, 242 dos 400 estabelecimentos comerciais vistoriados foram autuados por vender cigarro contrabandeado. Mais de 26 mil maços foram apreendidos.

O problema não está mais restrito às bancas de camelôs. Em média, 50% do cigarro pirata que entra no Brasil é vendido em bares, padarias, restaurantes e minimercados. Segundo o diretor da ABCF, Rodolpho Ramazzini, uma consultoria especializada revela que 54% dos estabelecimentos comerciais do Paraná estão “contaminados” pelo cigarro ilegal. É o segundo pior índice do Brasil, atrás de Minas Gerais, com 98% de contaminação na região metropolitana de Belo Horizonte.

O contrabando de cigarro causa perdas tributárias de R$ 4,5 bilhões por ano ao Brasil. Entre os estados, o Paraná responde pelo maior índice de evasão fiscal, chegando a R$ 177 milhões por ano.

A Receita Federal multa o comerciante em R$ 4 para cada maço apreendido e ele ainda pode ser condenado por receptação, contrabando e sonegação fiscal, crimes passíveis de cinco anos de prisão e multa. Nesta semana, o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fron­­teiras (Idesf) começa a enviar cartas a 10 mil comerciantes do Paraná alertando sobre as penalidades.

Fonte: Gazeta do Povo