ana maria vereadoraA Comissão Parlamentar Processante (CPP) da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, entregou o relatório final sobre o caso da vereadora Ana Maria de Holleben (sem partido), na sessão desta quarta-feira (28). A Comissão concluiu que a vereadora faltou com decoro parlamentar e por isso pode ser cassada. Segundo a Polícia Civil, a vereadora forjou o próprio sequestro após a cerimônia de posse no dia 1º de janeiro. A análise sobre o caso deverá ocorrer em uma sessão na sexta-feira (30), em que a decisão da Comissão irá ao Plenário da Câmara de Vereadores da cidade, que pode decidir sobre a cassação ou não da vereadora.

“Nós acabamos de receber o relatório da CPP e nós temos menos de um dia para organizar essa que é a sessão que nunca aconteceu na história da Câmara Municipal de Ponta Grossa.

A população clama por um resultado, a população quer um julgamento independente do resultado. Isso não é um pré-julgamento e sim um anseio para que essa novela acabe. Nós estamos tomando todos os cuidados necessários, solicitei a todos os departamentos da Câmara Municipal par que tome as providências necessárias para que nada seja feito fora da legalidade”, afirmou o presidente da Câmara, Aliel Machado (PC do B).

A vereadora não foi à sessão desta quarta-feira e justificou a ausência alegando atividades parlamentares externas. O prazo para a entrega do relatório final terminaria na quinta-feira (29), mas os vereadores decidiram antecipar a entrega.

“Nós entendemos que a vereadora realmente expôs a Câmara a uma situação vexatória. Está previsto no regimento interno que se acontecer algo nesse sentido é passivo de cassação”, alegou o presidente da Comissão, Márcio Schirlo (PSB). O vereador relator da CPP, Rogério Mioduski (PPS), disse que sofreu ameaças durante as investigações. “Recebi ameaças de sequestros das minhas filhas, apedrejamento da minha casa, e na rua um funcionário de uma grande empresa me ameaçou”, revelou o vereador.
Foram 75 dias de investigações por parte da CPP e 19 pessoas ouvidas. A análise do relatório final está marcado para o meio-dia da sexta-feira e será aberto à participação da comunidade. São 80 vagas e os interessados em acompanhar a sessão devem realizar uma inscrição, que começa na quinta-feira, a partir das 9h, na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, localizada na Avenida Visconde de Taunay, 880, no bairro Ronda. Será respeitada a ordem de chegada.
A investigação
O caso já foi investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O relatório final apontou a quebra de decoro parlamentar. Para continuar com as investigações, os vereadores decidiram criar a CPP.
Após análises dos parlamentares da CPP, três membros da comissão, Marcio Schirlo (PSB), Rogério Mioduski (PPS) e Julio Küller (PSD), pediram o arquivamento do relatório, que foi derrubado em votação em 24 de junho, em sessão extraordinária. Neste dia, eleitores compareceram à Câmara pedindo para que os vereadores votassem a favor da continuidade das investigações. Foram 17 votos favoráveis contra três contrários.

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Fonte: G1PR