manuscrito cápsula do tempoDeclaração
Aos 25 dias de janeiro do ano de 1932. Nesta cidade Coritiba, sendo Interventor interino o Dr. João Pernetta, Prefeito Municipal Cel. Joaquim Pereira de Macedo, na Praça Tiradentes, procedeu-se a remoção deste monumento da posição primitiva para a atual que dista daquela cerca de 35 metros, na direção Oeste, tendo sido encontrada uma garrafa contendo uma acta impressa com diversas assinaturas autographos, a primeira pagina do jornal “O Dia” de 21 de Abril de 1927 e algumas moedas de nikel e cobre. A garrafa referida foi colocada na ultima camada de alvenaria bruta e debaixo do pedestal.

Este é  o conteúdo do manuscrito encontrado dentro da garrafa que estava sob a escultura de Tiradentes, na Praça Tiradentes, centro de Curitiba.

A mensagem revelou a existência de uma nova “cápsula do tempo”. A garrafa foi aberta nesta ontem e dentro dela estava essa mensagem datada de 25 de janeiro de 1932, que relata a mudança de posição do monumento de Tiradentes, bem como a existência de uma outra garrafa, ainda mais antiga. Segundo o texto, este objeto contém uma edição do jornal O Dia, assinaturas e moedas de cobre e níquel.

A garrafa foi descoberta quando a estátua, esculpida pelo paranaense João Turin e instalada no local em 1927, foi removida do pedestal, no mês passado, para ser enviada para restauração. A mensagem nela contida é assinada, entre outras pessoas, pelo próprio Turin.

Técnicos ligados à Fundação Cultural de Curitiba, ao Atelier João Turin e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deverão agora analisar com mais cuidado o documento, para descobrir detalhes e autenticar as assinaturas. A coordenadora de Acervos da Fundação, Denise Zanini, destacou o bom estado em que estava o documento. “Está com um grau de preservação impressionante”, avaliou.

De acordo com o diretor de Patrimônio da FCC, Mauro Tietz, ainda serão estudados os procedimentos a serem tomados em relação ao documento. “Tudo será feito com muita calma e com o cuidado que o procedimento exige. É um documento com importância histórica, pois contém a assinatura do João Turin e de outras pessoas. Portanto, deve passar por restauro e ser guardado com o devido cuidado”, afirmou.

O documento, segundo o diretor, deve ficar no acervo do município e passar por restauração conduzida pelos especialistas da Casa da Memória, e pode, eventualmente, ser exposto ao público. “O melhor é ver que a obra de João Turin está de volta à tona”, concluiu.

Outra garrafa
Em relação à outra garrafa, cuja retirada já foi autorizada pelo prefeito Gustavo Fruet, Tietz afirma que qualquer procedimento deve levar em conta a preservação do patrimônio histórico do município. O gestor do acervo de João Turin, Maurício Appel, disse que o atelier que leva o nome do artista teve a rotina alterada na última semana por conta da expectativa em relação ao conteúdo da garrafa. “A história de Turin é vinculada à história da cidade. Toda a repercussão mostrou que não perdemos a criança dentro de nós”, ressaltou.

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Com informações da Prefeitura de Curitiba