maua e1373031584786Vinte e oito dias depois de iniciar a comercialização da nova reta da Mauá no Couto Pereira, batizado de Setor Pro Tork, o Coritiba vendeu apenas 2% das 4.754 cadeiras que serão instaladas no espaço – apenas 90 assentos foram vendidos. Em relação aos camarotes, a recepção dos sócios foi proporcionalmente melhor. Dos 38 camarotes, quatro foram negociados (12%).

Apesar de ser um sonho antigo dos coxas-brancas, a conclusão do terceiro anel na reta da Mauá, a novidade não combinou com o bolso de quem hoje assiste aos jogos do Alviverde ali. Quem paga atualmente R$ 90 terá de desembolsar R$ 249 após a conclusão das obras – prevista para julho de 2014 –, um aumento de 177%. Sem contar que é preciso pagar R$ 750 antecipadamente para reservar a cadeira com um cheque-caução. No caso dos camarotes, há três opções, de R$ 72 mil, R$ 80 mil e R$ 90 mil por ano, com 12 lugares e diferentes vantagens.

“Já pago televisão a cabo, pay per view, aí fica muito pesado. A visão do campo [da Mauá] é uma das melhores que tem no Couto, mas dá para assistir futebol de todos os lados. Infelizmente tive de sair de lá”, lamentou o professor de Educação Física, Bruno do Vale, agora ex-sócio da Mauá. Ele preferiu se transferir para outro setor antes do reajuste.

A pequena adesão, porém, não preocupa a diretoria alviverde, que considera a resposta dos sócios dentro da expectativa. “A Copa das Confederações gerou um desvio de atenção do público. Mas nesta semana tivemos um número maior de cadeiras e camarotes reservados do que nas duas últimas semanas”, justificou o diretor de marketing e negócios do Coxa, Paulo César Verardi.

O plano comercial do Coritiba e da Pro Tork – que vai bancar integralmente a obra, investindo pouco mais de R$ 16 milhões na obra – prevê a venda de 50% do espaço no prazo de seis meses desde o lançamento. Por enquanto o atual sócio da Mauá, que tem exclusividade até domingo na reserva de cadeira, não respondeu.

A esperança, agora, é transferida aos associados de outros setores do Couto Pereira. “Temos também um número expressivo em lista de espera, que são associados de outros ambientes. Na segunda-feira, eles poderão garantir o espaço”, completou Verardi.

Até a inauguração, o clube projeta entre 80% e 90% do espaço vendido. Essa proporção seria suficiente para que o investimento da Pro Tork começasse a ser pago. Sem contar o lucro do Coritiba com o setor. Todo o bolo de receita do espaço, inclusive com associados, será dividido futuramente entre a empresa e o clube. Para o Coxa, o número mágico é 30% de ocupação para que o novo espaço seja revertido em dinheiro aos cofres no Alto da Glória.

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Fonte: Gazeta do Povo / foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo