taxi e1372251411647A Urbanização Curitiba S/A (Urbs), empresa que administra o sistema de transporte na capital, lançará no máximo 750 novas placas de táxi, na primeira licitação de outorga de novas autorizações para o serviço. Se todas as permissões previstas saírem do papel, Curitiba passará a contar com 3.002 táxis: média de um veículo para cada 750 habitantes. O parâmetro mundial de qualidade é de um carro para 300 pessoas.

O número máximo de autorizações a ser lançado consta das “Diretrizes para Audiência Pública 02/13”, publicadas pela Urbs na noite de ontem. O documento estabelece ainda que as concessões terão validade de 35 anos e só poderão ser transferidas uma única vez. A audiência pública que vai definir o edital para a licitação será realizada em 4 de julho. A data para o procedimento licitatório ainda não foi definida.

Com o índice de um táxi para cada 750 pessoas, Curitiba ficará em 18.º lugar no ranking entre as capitais, na relação táxi por habitantes. Líder da lista, o Rio de Janeiro tem um táxi para cada 197 pessoas. A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar-PR) e a Associação Comercial do Paraná preparam uma proposta para que outras mil placas sejam lançadas na sequência, ao longo do ano que vem. O presidente da Abrabar-PR, Fábio Aguayo, aponta que as 750 novas licenças a serem outorgadas amenizam o problema, mas estão longe de resolver a questão.

“Precisamos de pelo menos quatro mil táxis rodando em Curitiba. É uma questão de mobilidade urbana e de segurança”, resume.

Além de considerar insuficiente o número de novas placas, o Sindicato dos Taxistas do Paraná (Sinditáxi-PR) reclama da demora da Urbs em colocar os carros adicionais em atividade. “Esses táxis já deveriam estar rodando desde janeiro, diz o presidente do sindicato, Abimael Mardegan.

Lobby

Atualmente, Curitiba tem 2.252 táxis em atividade. A última licença foi outorgada em 1975. Para a Abrabar-PR e para o sindicato, a concessão de novas licenças está atravancada pela pressão de quem já é permissionário do serviço e pela chamada “Máfia Laranja” (pessoas que nunca dirigiram um táxi, mas que mantêm placas em seu nome e que as arrendam a outros motoristas). “Há um lobby muito grande por parte dessas pessoas”, revela Aguayo.

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Fonte: Gazeta do Povo / foto: Irene Roiko/Gazeta do Povo