protestoEm assembleia na noite desta segunda-feira (24), 250 representantes de mais de 60 sindicatos, movimentos sociais e coletivos estudantis, entre elas MST, CUT e Sindicato dos bancários, decidiram marcar um ato unificado para o próximo sábado, no dia 29, na Boca Maldita, às 10 horas. A reunião, na sede na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato), em Curitiba, serviu para debater os rumos das mobilizações depois da onda de vandalismo na última manifestação grande na cidade, na sexta-feira passada, que reuniu 15 mil pessoas.



As entidades também definiram as “bandeiras” do movimento. Apesar da redução de R$ 0,20 na tarifa de ônibus na capital, que entra em vigor na próxima segunda-feira, a principal reivindicação continua voltada ao transporte público. Para eles, a redução para R$ 2,70 não é suficiente. Outras demandas também foram levantadas na plenária, como reforma política; reforma agrária; redução da jornada de trabalho para 40 horas; não aprovação do PL 4330/04 (que amplia o alcance das terceirizações no Brasil); e democratização dos meios de comunicação.
Segundo André Machado, um dos organizadores do evento na APP, o encontro foi necessário para concentrar as pautas. “Precisamos reunir as reivindicações para poder colocar o bloco na rua. Temos que saber como agir daqui pra frente, como questionar e cobrar as autoridades. Nos organizar”, explicou.

Outra frente — A Frente de Luta pelo Transporte de Curitiba, que organiza os protestos específicos para o tema, também se reuniu nesta segunda-feira, na Praça Oswaldo Cruz. Mais de 150 pessoas participaram. Os organizadores marcaram uma assembleia para hoje, às 19h, na Reitoria da UFPR. Nesta reunião, deve ser definida a data do próximo ato público. Chegou a se cogitar que uma nova manifestação seria marcada para quinta-feira, mas a informação não foi confirmada.

Racha — Em ambos os encontros ficou claro que há divergências entre os dois grupos que organizaram as reuniões. No encontro da APP, que reuniu diversas entidades, se falou em fortalecer as organizações como sindicatos, entidades estudantis e partidos políticos. Já do outro lado, há uma preferência por trazer a população cada vez mais para o debate.

Fonte: Bem Paraná