O técnico Ricardo Drubscky apresentou novidades táticas nos três jogos que o Atlético disputou na Copa do Brasil de 2013. Apenas em uma partida ele repetiu o esquema tático e o estilo de jogo adotados em 2012. Foi no Ecoestádio, contra o Brasil de Pelotas (RS), na vitória por 2 a 0. Nos dois confrontos como visitante, o treinador modificou a defesa ou o ataque.

Em 2012, Drubscky adotou o 4-2-3-1. O esquema tático, porém, é apenas parte da estratégia. O estilo de jogo no ano passado tinha uma linha defensiva avançada, tentando deixar o ataque oponente em impedimento e reduzindo o espaço para o meio-campo adversário. Para isso, ele usou dois zagueiros rápidos: Manoel e Cleberson. Na verdade, o Atlético todo jogava avançado, pressionando a saída de bola. Era uma estratégia que combinava com a necessidade da equipe, ou seja, vencer a maioria das partidas para alcançar o G4. E que explorava também a fragilidade de certos times da Série B.

Com a bola, o 4-2-3-1 de 2012 tinha dois laterais ofensivos e dois volantes com bastante liberdade de apoio – Deivid pela direita e João Paulo pela esquerda. Os avanços, porém, eram sincronizados: os dois laterais não atacavam ao mesmo tempo, nem os dois volantes. A linha de três meias ofensivos tinha um armador centralizado (Elias ou Paulo Baier) e dois velocistas pelos lados (Henrique ou Felipe na esquerda e Marcelo na direita). No ataque, Drubscky usava um centroavante de força física (Marcão ou Fernandão).

Esse modelo de jogo sofreu modificações no jogo de ida da Copa do Brasil, em Pelotas (RS). O técnico não tinha Cleberson, contundido, e escalou Luiz Alberto, um zagueiro sem velocidade, mas especialista na bola aérea. O Atlético jogou com a linha defensiva recuada, já que um lançamento nas costas de Luiz Alberto poderia custar caro. O time não marcou a saída de bola adversária e passou a pressionar apenas a partir do círculo central. Outras alterações foram os laterais e volantes mais defensivos, subindo raras vezes ao ataque. Jonas, que tem qualidade na bola aérea e na marcação, foi usado na lateral-direita.

O resultado desse plano de jogo é que o Brasil (RS) ficou sem espaço para jogar, mas também não se arriscou muito. A partida ficou truncada, favorecendo o time de Drubscky, que não tinha urgência pela vitória – poderia decidir a vaga na partida de volta, em Curitiba. Mesmo assim, o Atlético fez 1 a 0 no final do 1º tempo. No 2º tempo, a equipe gaúcha se arriscou mais e sofreu alguns contra-ataques.

A maior alteração do técnico em 2013, porém, foi apresentada na partida com o América (RN). Ele usou um 4-2-2-2, ou seja, um 4-4-2 com dois volantes e dois meias rápidos. O armador Elias e o centroavante Marcão ficaram no banco. Paulo Baier nem viajou com o grupo. Jogadores lentos perderam lugar no time. No ataque, os titulares foram os velozes Éderson na esquerda e Marcelo na direita. No meio-campo, Everton e Felipe mostraram mobilidade e dinâmica. Além de rapidez no ataque, os quatro precisaram de velocidade sem a bola, para marcar os volantes e os laterais adversários.

Drubscky passa a contar com esses três modelos de time. O 4-2-3-1 defensivo seria uma opção para um jogo de grande dificuldade ou para segurar um ataque rápido. O 4-2-3-1 ofensivo se apresenta como a alternativa para as partidas em casa ou para os confrontos como visitante contra adversários menos qualificados. O 4-2-2-2 de contra-ataque é a formação para atuar fora de casa contra equipes com problemas defensivos.

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Fonte: Bem Paraná / foto: Divulgação CAP