copaO custo de conclusão da Arena subiu de R$ 184,6 milhões para R$ 209 milhões, um acréscimo de 13,2%. A última revisão do cronograma físico-financeiro apontou um plus no orçamento, puxado em especial pelo teto retrátil incluído no projeto.

O reajuste teria sido informado à prefeitura de Curitiba e foi confirmado ontem pela Agência Fomento Paraná, autarquia do estado, responsável por intermediar o empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Orçada em R$ 135 milhões em 2009, a adequação do estádio rubro-negro, que receberá quatro jogos da Copa do Mundo, está agora 54,8% mais cara em relação ao preço inicial.

O principal motivo seria a instalação da nova cobertura, única entre os estádios do Mundial de 2014. Inicialmente projetada em policarbonato, a estrutura foi trocada por vidro. Além de ser mais caro, o material (mais pesado) exigiu reforço estrutural, impactando no valor da obra.

Procurado pela reportagem, o clube preferiu não se pronunciar.

De acordo com representantes do governo e do município, o reajuste caberá exclusivamente ao clube, pois o teto não constava no primeiro projeto. A responsabilidade é prevista no convênio tripartite assinado para reformar o estádio – quem der causa a um custo extra terá de arcar.

Em agosto, quando anunciou “a tampa do Caldeirão”, nas suas palavras, Mario Celso Petraglia garantiu que a estrutura seria paga pelo clube. Segundo a reportagem apurou, a solução poderia estar agora em uma parceria com a Copel, que já foi ventilada com uma possível produção energética no estádio, ou um contrato de naming rights.

Em maio de 2011, os valores na reforma da Arena já haviam subido. À época, exigências da Fifa encareceram em R$ 29 milhões o custo. O restante do aumento decorreu da elevação de preços da construção civil, mais R$ 56 milhões.

O total chegou a R$ 220 milhões, porém, com o abatimento de impostos, o custo ficou em R$ 184,6 milhões, número considerado até ontem.

Desse total anterior, R$ 131,5 milhões (75%) correspondem ao financiamento do BNDES. A instituição financeira já liberou R$ 26 milhões ao clube e finaliza o processo para emitir a segunda parcela, no total de R$ 32 milhões.

Os 25% restantes no valor da obra (R$ 53,1 milhões) foram divididos, em partes iguais, pelo clube, pela prefeitura de Curitiba e pelo governo estadual. Os recursos advindos do poder público foram viabilizados por meio de títulos de potencial construtivo, cujo primeiro lote deve ser colocado no mercado até 30 de abril.

Fonte: Gazeta do Povo