policiaO governo do Paraná decidiu, nesta terça-feira (19), oferecer escolta aos agentes penitenciários em todo o estado. A medida foi tomada após o segundo caso de homicídio contra carcereiros em Curitiba. No fim da tarde de segunda-feira (18), ele foi morto quando acabava de chegar à casa dele, no Bairro Alto. Cinco dias antes, outro agente morreu em um crime semelhante.

A Polícia Civil ainda não descarta que as mortes possam ter relação. “Nada está descartado. No processo investigatório, não se descarta nenhuma possibilidade. Todas são investigadas, todas são analisadas e o que sobrar é a verdade”, diz o delegado Hamilton da Paz, que investiga o crime.

Na manhã desta terça, os agentes que trabalham no Complexo Penal de Piraquara fizeram um protesto para pedir melhores condições de trabalho e de segurança. A paralisação, que durou todo o dia, acabou adiando um mutirão da Justiça que estava previsto para ocorrer durante esta semana.

Em função disso, ficou decidido que os carcereiros serão escoltados pela Polícia Militar na ida e na volta ao trabalho. Outra medida anunciada foi a facilitação para que os agentes possam fazer o registro do porte de armas.
O sindicato que representa os agentes, porém, acredita que as atitudes tomadas pelo governo do estado ainda são insuficientes para conter a violência contra os servidores. Eles querem ainda a contratação de mais carcereiros e o aumento da segurança dentro das unidades prisionais.

A secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes disse que chegou a um entendimento com os carcereiros. “Agora é hora de unir as forças e não de dividir. Nós estamos do mesmo lado”, pontuou. Para ela, os casos de violência não devem ser respondidos com mais violência por parte dos agentes penitenciários.

Fonte: G1PR