carnaval1Muitas pessoas não dão importância, mas é preciso ficar atento à hepatite B, principalmente por também ser uma doença sexualmente transmissível. Por isso, Jaime Rocha, infectologista do Laboratório Frischmann Aisengart, alerta as pessoas neste Carnaval. “Esta época do ano é um período de festa e, muitas vezes, de irresponsabilidade. Parece clichê, mas ainda é importante ressaltar o uso do preservativo, principalmente quando falamos sobre doenças que podem ser transmitidas por relações sexuais”, comenta.

No caso da hepatite B, Rocha lembra que ela é uma doença infecciosa causada pelo HBV, um vírus DNA da família Hepdnaviridae, resultando na inflamação das células hepáticas do portador. “Não está sendo divulgado, mas há muito tempo o Brasil vivencia uma epidemia de hepatite, não somente a B. A maioria das pessoas não se vacina e acaba só descobrindo a doença quando faz o exame, seja porque o médico percebeu os sintomas da doença ou porque está fazendo um check-up rotineiro”, explica o especialista.

Por isso, Rocha ressalta a importância de tomar a vacina. Existem três opções de vacinas. A primeira é a vacina apenas para a hepatite A. A segunda opção é a vacina somente para a hepatite B. Já a terceira opção é a vacina que contempla a hepatite A e B conjuntamente. “Quanto à hepatite B, além da vacina, ressalto mais uma vez, é importante o uso de camisinha para se evitar a doença”, fala.

O infectologista reforça que hoje não existem mais grupos de riscos para Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Mulheres casadas, com namorados fixos, adolescentes e homossexuais têm o mesmo risco de contrair uma DST, caso não pratiquem sexo seguro, ou seja, com uso de preservativo. “As principais DSTs são AIDS, hepatite, gonorreia, herpes, sífilis, tricomoníase, candidíase, cancro mole, condiloma acuminado (infecção pelo HPV), infecção por Clamídia, Ureaplasma e Micoplasma. Por isso é preciso curtir de forma consciente o Carnaval”, comenta.

A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram de 10 a 12 milhões de novos casos de DST por ano no Brasil. Segundo o Programa Nacional de DST/ AIDS do Ministério da Saúde, mais de 470 mil brasileiros são portadores do HIV e os números das outras doenças também são alarmantes.

Fonte: Talk Assessoria em Comunicação