No primeiro encontro desde as eleições de outubro, o governador Beto Richa (PSDB) e o prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), garantiram hoje que a disputa eleitoral ficou no passado, e que a intenção dos dois a partir de agora é estabelecer uma parceria administrativa entre o Estado e a prefeitura. Apesar da demonstração de boa vontade, porém, não houve nenhuma definição sobre o principal pedido de Fruet: a manutenção do subsídio do governo do Estado para o transporte coletivo da Capital. Richa alegou que vai estudar a questão, mas não deu prazo para uma resposta. Atualmente, o governo estadual repassa cerca de R$ 60 milhões por ano para garantir a manutenção da tarifa integrada com a região metropolitana.

“Não tivemos nem tempo para tratar detalhadamente de cada uma das demandas. Foi um primeiro encontro, um gesto de parceria. Esses detalhes vamos tratar mais à frente”, alegou o governador, após a reunião, que durou cerca de uma hora, e aconteceu o “Chapéu Pensador” da Copel.

“Pedi a manutenção do subsídio. Não tem milagre. Há um déficit. A cidade precisa desse subsídio. Até por uma questão de justiça social. Se não for possível, vou ter que buscar outra alternativa”, afirmou o prefeito eleito, descrevendo o encontro como “cordial” e uma “reaproximação pessoal”. Os dois não se encontravam desde maio de 2011, quando Fruet ainda estava no PSDB. Ele deixou o partido por não ter espaço para sua candidatura à prefeitura, já que os tucanos preferiram apoiar a reeleição do atual prefeito Luciano Ducci (PSB), que não conseguiu vaga no segundo turno da disputa.

O governador garantiu que tem “a melhor das boas vontades”, e que esse primeiro encontro foi um gesto de “reaproximação administrativa”. “Me coloquei à disposição para discutir projetos, parcerias. Minha obrigação como governador é trabalhar junto. Tenho compromissos com Curitiba”, afirmou. Segundo Richa, apesar da disputa eleitoral, de sua parte há “tranquilidade” para estabelecer um relacionamento administrativo com a futura administração municipal. “Sem ficar com picuinha, autofagia. Meu papel hoje é governar. Eleição é 2014”, disse.

Fonte: Bem Paraná