saúde servidoresFuncionários estaduais da saúde que recebem salário inferior a três salários mínimos têm tido dificuldade para receber o benefício. São servidores lotados no Hospital Regional do Sudoeste, no Hospital do Trabalhador, no Hospital Regional de Ponta Grossa e no do Litoral, Centro Hospitalar de Reabilitação, Hospital Zona Norte e Hospital Zona Sul.

Em setembro, a Secretaria de Estado da Saúde – Sesa – pagou o vale referente aos meses de julho e agosto. Já estamos no final de novembro e, até agora, esses servidores ainda não receberam setembro, outubro e novembro.

Para acirrar ainda mais os ânimos, o chefe do GRHS, Romildo Sbrissia, enviou por meio eletrônico formulário para que os profissionais preenchessem se utilizam transporte público. Aqueles que declararem usar o transporte público receberão o benefício.


Romildo mostra desconhecer que o transporte coletivo muitas vezes não atende aos horários de início e término de plantão. Mas que mesmo não usando transporte coletivo os trabalhadores têm custo para o deslocamento casa-trabalho-casa. Aliás, política de gestão de pessoal na Sesa é sinônimo de empreitada pela retirada de direitos, é sinônimo de mexer em picuinhas e causar desânimo e sentimento de desvalorização do trabalhador da saúde. Infelizmente, a lista de atos que prejudicam o trabalhador tem aumento desde janeiro de 2011.

A direção do SindSaúde observa que a exigência do uso do VT em transporte público nunca foi feita com tanta agressividade por determinadas chefias que não reconhecem o direito do servidor de receber o VT e o custo de deslocamento.

O SindSaúde defende que:

– De imediato seja restabelecido o pagamento do vale-transporte a todos que recebem até três salários mínimos. Portanto, aos que têm direito ao benefício.

– O vale-transporte seja transformado em auxílio transporte, pago em dinheiro, e para todos os trabalhadores, uma vez que todos têm gastos para se deslocar para o trabalho, independente do meio de transporte.

Ticket alimentação – Outro problema que está tirando o sono dos servidores da saúde é a não entrega do ticket alimentação. É que nas unidades que funcionam 24 horas e não dispõem de cozinha, o Estado tem de ofertar ou o ticket ou a alimentação. O que não vem ocorrendo.

Caos administrativo – Um representante da Sesa disse que o problema é administrativo. Não financeiro. E explicou como o aumento de servidores demanda compra de mais vales e em muito locais, essa compra ultrapassa o limite de R$ 8 mil. Compras até esse valor não precisam ser licitadas. Acima desse valor, os órgãos públicos são obrigados a fazer licitação ou então provar que há uma única empresa que faz determinado trajeto e juntar documentação (lei ou decreto municipal que declara que para determinada e empresa é dispensável a licitação). O mesmo acontece com o ticket alimentação.

Diminuir 20% no custeio- Em 1º de novembro entrou em vigor o decreto 6.264, que trata da diminuição do custeio do Estado. O governo usa a velha fórmula: tenta diminuir o pagamento de hora extra, de diária, de vale-transporte, de alimentação. Mas mantém os sagrados cargos em comissão, aqueles que chamamos de apadrinhados políticos.

Manifestação – Os servidores da saúde promovem nesta quinta-feira, 6/12, caminhada até a Sesa. A concentração será a partir das 9h na Praça Santos Andrade. Só com organização e muita disposição pra luta é que a brava gente tem chance de conquista.

Fonte: Blog LadoB