De 01.º a 07 de agosto, na Semana Mundial da Amamentação, as atenções se voltam para esta necessidade fisiológica dos bebês. Ao falar de amamentação, é necessário dar um enfoque especial para os hormônios que atuam no processo de alimentação do bebê, através do leite. De acordo com o Relatório Mundial da Infância 2011, da UNICEF, de 136.700 bebês que nascem em todo o mundo, apenas 32,6% deles são amamentados exclusivamente nos primeiros seis meses.

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Para Mauro Scharf, diretor médico e endocrinologista do Laboratório Frischmann Aisengart, isto ocorre porque as mães não possuem conhecimento no assunto. “A educação é necessária porque muitas mulheres não sabem da grande importância da amamentação para os bebês no que diz respeito à nutrição, à imunidade, ao crescimento e ao desenvolvimento psicomotor dos seus filhos. Importante também educar as mães sobre quais hormônios atuam na amamentação e, às vezes sem querer, podem até inibi-los”, relata.

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O endocrinologista explica que hormônios como a ocitocina e a prolactina agem para que o leite seja produzido e encaminhado à mama no período de amamentação. A ocitocina estimula a contração das células musculares, o que expulsa o líquido para fora dos alvéolos e o empurra para dentro dos ductos, além de contrair o músculo do útero durante e após o nascimento, o que ajuda o útero a voltar ao seu tamanho original e diminui o sangramento de uma mulher pode ter após o parto. Já a prolactina, que é o chamado de “hormônio materno”, é liberada a partir do cérebro para a corrente sanguínea da mãe, o que faz as células alveolares reajam produzindo o alimento.

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De acordo com Scharf, além destes dois hormônios fundamentais, há o estrógeno, que estimula o desenvolvimento dos ductos por onde o leite passa, e a progesterona, que atua no crescimento dos alvéolos e lóbulos. “Não se pode deixar de citar que a liberação destas substâncias é responsável, em parte, pelo intenso sentimento de uma mãe de que necessita estar com seu bebê”, conta.

O endocrinologista reforça que o conhecimento das substâncias é necessário, pois algumas situações podem atrapalhar a produção de alimento. “Mães que estão passando por situa­ções de estresse ou muita tensão produzem uma quantidade anormal de adrenalina, que bloqueia a ocitocina, fundamental à amamentação”, sinaliza.

Fonte: hagah / Grupo RBS 

 

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