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“É uma história muito longa na micropigmentação, mas hoje continuo na minha primeira profissão.” Quem lê essa declaração deve imaginar um profissional com mais de 50 anos, que passou por inúmeras empresas e está buscando se reinventar para não ficar defasado no mercado de trabalho. No entanto, essas são as palavras do curitibano Alisson Schuster, de apenas 32 anos, que começou a trabalhar com micropigmentação aos 11 e logo aos 18 se tornou empreendedor em um setor que conhece tão profundamente quanto os prêmios que recebe internacionalmente pela Haut, seu empreendimento que é referência internacional.

Alisson foi campeão em diversos concursos internacionais, como o Italian PMU Championship, o primeiro campeonato do mundo de micropigmentação da Biotek em 2016. Alisson foi o primeiro brasileiro a ganhar um campeonato de grande porte. Depois veio o, Worldwide Eyebrow Festival and PMU Championship, só para citar algumas das dezenas de premiações vencidas no mundo todo.

“Passei por todas as áreas da micropigmentação no Brasil e o meu primeiro procedimento foi com 11 anos. É uma situação fora do habitual. Eu fui apresentado ao setor pela minha madrinha que trabalhava para uma empresa micropigmentadora muito expressiva e conhecida até hoje, nunca mais sair”.

O curitibano conheceu todos os caminhos e atalhos da micropigmentação, passando por todas as etapas como atendimento, setor de informações até chegar na parte industrial:

“Como entrei muito criança, era mais em relação ao que gostava de fazer. Sempre tive uma inclinação para essa parte de desenhos e fui tatuador por bastante tempo. Por mais que estas duas profissões tenham uma certa correlação, eu cheguei a ser mais tatuador do que micropigmentador. Por uma consequência natural acabei inclinando mais para a área da micropigmentação”.

Abraçando a micropigmentação como carreira
Após ganhar seus primeiros prêmios ao mesmo tempo em que descobria uma inclinação para a parte didática e de formatação de conteúdo, o jovem empreendedor já sabia onde queria chegar.

“Tatuagem é uma coisa mais livre, mais artística, e a micropigmentação acaba sendo mais científica, mais para área médica reconstrutiva. São duas faces da mesma moeda”.

Em 2012, o sonho se torna ainda mais palpável com o início da Haut com o segmento de formação de profissionais micropigmentadores, com o passar dos anos o leque foi ampliado para diversas vertentes. Além dos cursos da Haut Academy, a empresa conta atualmente com indústria de produtos para a saúde e fabricação de máquinas, agulhas, mobiliário e pigmentos.

“Quando resolvi criar minha própria equipe de micropigmentadores, da mesma forma com que eu era parte de uma equipe de micropigmentadores, eu estava replicando o único negócio que conhecia. Mas quando comecei a treinar pessoas, uma das primeiras barreiras foi com os materiais daquela época. Havia escassez de bons materiais bons que eram mais caros e de difícil acesso”. Assim, o empreendedor entendeu que era necessário também trabalhar com equipamentos, assim, começa a Haut Indústrial que fabrica a partir de Curitiba e Pinhais equipamentos certificados na Anvisa com a qualidade exigida por ele próprio.

Atualmente o empreendedor coleciona diversos prêmios dentre os principais concursos internacionais. Seu livro é referência mundial na área e divide seu tempo entre os disputados treinamentos de sua empresa e o desenvolvimento de equipamentos de ponta para as profissionais.