Ao chegar no caixa de qualquer estabelecimento, uma pergunta surge do operador da registradora: “Quer colocar o CPF na nota?” ou ainda “nota paulista”, entre outras perguntas comuns. Quando os governos estaduais começaram a controlar a tributação fiscal do comércio sobre o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para combater a sonegação de impostos, a maneira mais eficiente criada foi devolver parte deste imposto ao consumidor, bastando informar o CPF no momento da compra.

A prática demorou para cair no gosto dos consumidores, mas quando este “cashback” oficial começou a entrar nas contas dos consumidores, pedir CPF na nota já se tornou comum. O que está faltando para que o ato de pedir cashback se torne tão comum quanto pedir CPF na nota?

Para Fabian Junior, Co-founder da SaveCash, startup de gestão de marketing para comércio e cashback para consumidores, o ato de pedir CPF foi uma barreira muito difícil no começo, pois havia uma inevitável desconfiança por parte das pessoas em fornecer seus dados que precisou ser rompida:

“Não era um hábito de consumo. Mas todos nós nos adaptamos e dificilmente alguém consegue comprar sem pedir. O cashback está seguindo o mesmo caminho e muita gente já pergunta se há dinheiro de volta na compra. É questão de tempo, e de costume, até que os operadores de caixa perguntem se a pessoa deseja cashback na compra, como já acontece nos Estados Unidos”.

Mais prático do que parece
A experiência do CPF na nota facilita, de certa maneira, a implementação de pedir cashback – que é igualmente prático. Em qualquer estabelecimento parceiro da SaveCash, por exemplo, sempre que o consumidor fornecer seu número de celular cadastrado, vai receber cashback social e não precisa de aplicativo para usufruir deste bônus:

Para Fabian, o desafio agora é convencer as pessoas que ainda associam o cashback com as compras online ou via cartão que não precisam de nada disso: “Assim como no caso do CPF na nota, o cashback acontece quando o consumidor informa seu cadastro, podendo pagar com PIX ou dinheiro sem problema algum. É questão de costume. O cashback é outra vantagem para o consumidor, assim como o CPF na nota” completa Fabian.