O governador Beto Richa (PSDB) marcou amanhã a audiência pedida pelo prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT). Será o primeiro encontro oficial entre os dois desde a eleição de outubro. Entre as questões que os dois devem tratar estão o subsídio do governo do Estado para o transporte coletivo da Capital e as obras da Copa do Mundo na cidade, além do metrô. O chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Sebastiani afirmou que a audiência só não foi marcada antes por problemas de agenda.

Para 2012, a previsão é de que o governo do Estado repasse R$ 60 milhões para a Urbs, ainda na administração do prefeito Luciano Ducci (PSB), para manter a tarifa integrada do transporte da Capital com a região metropolitana. O subsídio vem sendo repassado por conta do déficit do sistema, já que a atual tarifa é de R$ 2,60, e a chamada “tarifa técnica”, que define o custo do serviço, é de R$ 2,87.

Fruet já demonstrou preocupação com o tema, afirmando em reunião com prefeitos da RMC, que sua reivindicação é elevar o valor do subsídio. “Este subsídio tem forte caráter social, já que muitos trabalhadores são beneficiados com a manutenção do valor da tarifa. A expectativa é de que o valor deste subsídio chegue a R$ 80 milhões em 2013”, afirmou. Só que o governador, alegando dificuldades financeiras do Estado, disse não saber se vai manter o repasse. “É bom deixar claro que isso é uma obrigação do prefeito, e não do governo do Estado. O que acontece é que a gente socorre um ou outro prefeito em uma situação emergencial”, alegou Richa na semana passada.

Fruet também está preocupado com o andamento das obras do PAC da Copa, algumas em parceria com o governo do Estado, e o metrô. Segundo ele, há dúvidas sobre as garantias do governo paranaense para a construção do metrô. Doas R$ 2,2 bilhões previstos para a obra, R$ 1 bilhão viriam do governo federal, e o restante do Estado e prefeitura. “Do governo do Estado só temos um ofício do secretário do Planejamento para o Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) Estou pedindo o projeto executivo, para fazer avaliação, e preciso saber quais as garantias existentes com relação aos recursos, além da avaliação econômico-financeira do projeto”, explicou o prefeito eleito.

O prefeito eleito também revela preocupação com as obras que envolvem a Copa do Mundo de futebol de 2014, que o Tribunal de Contas afirmou estarem em atraso. “Já recebi relatório do TC, da prefeitura, do Ministério dos Esportes. Há informações que não casam”, afirmou o pedetista.

Fonte: Bem Paraná