Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Foto: DivulgaçãoAs universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM) e Ponta Grossa (UEPG) completam nesta quinta-feira, 6 de novembro, 45 anos de existência. As três instituições estaduais de ensino superior foram criadas formalmente pela Lei Estadual nº 6.034/69.

Mesmo ainda jovens, as três universidades são referência no ensino e pesquisa no Brasil. Com cerca de 90% dos professores mestres ou doutores, as universidades conquistaram um bom desempenho em diversos processos de avaliação, nacionais e internacionais.

Vários cursos obtiveram conceito máximo no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Essas três instituições, junto com as Universidades Estaduais do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (Uenp) e Universidade Estadual do Paraná (Unespar) tornam o Paraná o estado com a segunda maior rede de educação superior pública do Brasil.

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, destaca que o desenvolvimento do estado está diretamente ligado ao incentivo à ciência e tecnologia, principalmente, por meio das universidades. “Investindo nos nossos professores, pesquisadores e alunos toda a sociedade paranaense é beneficiada, já que estamos aumentando o número de profissionais capacitados para atuar em áreas fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico do estado”.

UEM – A Universidade Estadual de Maringá começou sua história com a integração de várias faculdades isoladas e sete cursos. Atualmente oferta 69 graduações presenciais, 42 cursos de mestrado, 22 de doutorado e cerca de 50 especializações. A esta lista também se somam seis graduações a distância, vários cursos livres e turmas de línguas estrangeiras.

Ao longo de quatro décadas e meia, a UEM já graduou 60.606 profissionais das mais variadas áreas. Certamente a maioria dos advogados, contabilistas, professores, administradores de empresas, engenheiros civis, biólogos, farmacêuticos, zootecnistas, agrônomos, engenheiros químicos, médicos, arquitetos, entre tantos outros profissionais que hoje atuam em Maringá e região, são egressos da UEM.

Para o reitor Mauro Baesso só esse fato já seria suficiente para evidenciar o papel relevante da instituição, que hoje engloba uma gigantesca estrutura a serviço do conhecimento e da inovação tecnológica, formando profissionais de alto nível em todas as áreas, desenvolvendo pesquisas de ponta com reconhecimento nacional e internacional e atendendo a comunidade. “Considerando que na década de 60, o Norte do Paraná dependia fundamentalmente da agricultura, a universidade abriu novas fronteiras desenvolvimentistas, influindo também no perfil socioeconômico da região, que passou de essencialmente agrícola para agroindustrial, com forte vocação ao setor terciário e tecnológico”, afirma o reitor.

UEL – Embora tenha sido criada pela lei de novembro de 1969, as comemorações de aniversário da Universidade Estadual de Londrina são no mês de outubro. A comunidade acadêmica valoriza a data em que a instituição foi reconhecida pelo MEC, 7 de outubro de 1971, a partir da junção de faculdades isoladas das áreas de Letras, Direito, Filosofia e Odontologia, criadas na década de 1950 em Londrina.

A UEL ocupa posição de destaque nacional e internacional entre as maiores Instituições de Ensino Superior do país. É a 5ª melhor universidade estadual do Brasil e a 64ª da América Latina, de acordo com os rankings RUF e QS, divulgados em setembro último.

“A força do compromisso de nossos agentes universitários e docentes, levaram a UEL à excelência que nos coloca entre as melhores universidades do Brasil e do mundo”, enfatizou o vice-reitor Ludoviko Carnasciali.

São mais de 18 mil estudantes de graduação e pós-graduação. Ao todo são 1.682 professores e 3.841 agentes universitários. A universidade oferece 54 cursos de graduação, incluídos turnos e habilitações. Eles são distribuídos em 9 Centros de Estudos, abrangendo todas as áreas do conhecimento, além do ensino a distância. Na pós-graduação, ao todo são 106 cursos de especialização, 44 mestrados, 20 doutorados e 66 residências.

UEPG – A Universidade Estadual de Ponta Grossa, é fruto da incorporação das Faculdades Estaduais de Filosofia, Ciências e Letras; de Farmácia e Odontologia; de Direito; de Ciências Econômicas e Administração de Ponta Grossa já existentes e que funcionavam isoladamente.

As duas primeiras décadas da instituição (anos 70 e 80) foram focadas na estruturação da graduação. Nos anos de 1990 houve o forte incentivo para a capacitação de professores em nível de doutorado.

Como consequência, houve uma forte expansão da pós-graduação stricto sensu na última década. O crescimento tem sido expressivo. De 2006 a 2013 houve um aumento de 188% no número de cursos de pós-graduação stricto sensu ofertados pela UEPG.

Atualmente a instituição tem 20 programas com 20 cursos de mestrados recomendados pela Capes e sete doutorados. Os programas de Pós-graduação em Agronomia e Ciência e Tecnologia de Alimentos tiveram seus conceitos elevados pela Capes para 5 e 4, respectivamente.

O reitor Carlos Luciano Sant’Ana Vargas destaca a importância da universidade para o desenvolvimento educacional da região dos Campos Gerais. “A UEPG surgiu com a vocação de formar professores e expandiu sua atuação para a formação de profissionais e pesquisadores em diferentes áreas de excelência”, diz Vargas. “Mas, a universidade não perdeu a característica inicial, pois 80% dos docentes que atuam no sistema de ensino público e privado da região dos Campos Gerais, são oriundos da UEPG”, disse.

No Enade/MEC-2007 (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), a UEPG obteve resultados que a colocaram entre as melhores universidades avaliadas em nível nacional. “Estamos investindo muito no crescimento vertical e a nossa meta é que a pós-graduação atinja um nível de projeção nacional tão expressivo quanto a graduação já alcançou”, disse Luciano.

Fonte: AEN