idosoO Hospital do Idoso Zilda Arns vai passar por reformas e contratar 80 profissionais de saúde nos próximos meses. As medidas permitirão ampliar ainda mais o atendimento, que já cresceu significativamente este ano. Desde janeiro, a média mensal de internamentos aumentou 52%. O número de cirurgias subiu 74,6% e o de exames, 55%.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, a reforma vai ampliar de quatro para dez o número de leitos para pacientes que necessitam de isolamento, sem reduzir a capacidade de internamento do hospital, que tem um total de 127 leitos. O isolamento é necessário nos casos em que há risco de transmissão de vírus ou bactérias para outros internos.

“O Hospital do Idoso tem uma boa estrutura, mas o projeto inicial previa poucos quartos de isolamento e tivemos que revê-lo para ampliar o atendimento”, explicou Massuda. A reforma deve ser realizada ainda este ano.

Massuda também informou que serão contratados mais 80 profissionais para atuar no hospital. Ao todo, o processo seletivo público, marcado para setembro, vai selecionar cerca de 350 profissionais – entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros – para o Hospital Zilda Arns e para as Unidades de Pronto Atendimento.

Atendimentos

A média mensal de internamentos no Hospital do Idoso Zilda Arns (Hiza) foi de 210 por mês no primeiro semestre deste ano – o que representa um aumento de 52% em relação à média do ano passado (138 internamentos mensais a partir de abril, quando o hospital entrou efetivamente em operação).

Administrado pela Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (Feaes), que integra a administração indireta da Prefeitura, o hospital tem 127 leitos e uma taxa de ocupação pouco superior a 75%, que segue os critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. “Do total de leitos, 20 são de UTI e quatro são de cuidados intermediários”, informa o diretor geral da Feaes, Gustavo Justo Schulz.

Schulz explica que os internamentos são apenas uma das áreas de atuação do serviço: “Atendemos também pacientes externos, com internamento domiciliar, consultas agendadas em várias especialidades e exames de apoio diagnóstico”.

De janeiro a junho deste ano, o hospital ofertou 13 mil consultas, abrangendo as novas especialidades de Ambulatório da Dor, Gastroenterologia, Nefrologia e Hematologia. O número de cirurgias passou de 276, de junho a dezembro de 2012, para 482 nos primeiros seis meses deste ano – o que representa aumento de 74,6%.

O número de exames aumentou 55% no mesmo período. Foram 85 mil exames no primeiro semestre do ano, incluindo os de raio-X, modalidade em que a cidade conseguiu zerar sua fila de espera.

Schulz explica que o incremento se deve à estruturação da Central de Laudos, que funciona dentro do hospital e é responsável pela retaguarda a seis UPAs da capital. “Também fizemos a reorganização do período de trabalho dos médicos”, informa.

O Hospital do Idoso realiza a maior parte dos exames de apoio diagnóstico para a rede de urgência e emergência (UPAs). Entre janeiro e junho, o serviço contabilizou 1.683 ultrassonografias e 4,2 mil tomografias. “Neste último, o hospital tem auxiliado outros serviços que apresentam impedimentos temporários em seus tomógrafos, contribuindo para que pacientes do SUS Curitiba não fiquem desassistidos”, frisa o diretor geral.

Atualmente, o Hospital do Idoso é um dos poucos a disponibilizar médico especialista em exame de ecodopler. “Este é um profissional escasso na rede pública e por isso o sistema tem uma grande demanda reprimida para o exame”, completa Schulz. Nos primeiros seis meses de 2013, foram ofertados 400 exames nesta especialidade.

Pensando no conforto e segurança dos pacientes, os exames endoscópicos são feitos com sedação e assistência anestésica. Schulz comenta que essa condição tem um custo mais alto e por isso é uma realidade rara em outros hospitais do SUS e até em serviços privados.

Além disso, o hospital é referência em eletrocardiografia, com 3,3 mil exames somados somente neste primeiro semestre. Atende pacientes submetidos a exames pré-operatórios e aqueles com doenças cardíacas, principalmente hipertensos.

Há cerca de dois meses, o hospital adquiriu esteira (para check-up e diagnósticos em cardiologia, além de pré-operatório) e um espirômetro, equipamento utilizado para checar a capacidade respiratória de pacientes com doença pulmonar e também para exames pré-operatórios.

Internamento domiciliar

Neste ano, aumentou de quatro para dez o número de equipes multidisciplinares responsáveis pelo internamento domiciliar. “A expectativa é que os atendimentos passem de 200 para 600 mensais”, informa Schulz. No primeiro semestre haviam 1.591 usuários vinculados ao serviço.

Além de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, a equipe dispõe de uma fonoaudióloga que atua principalmente na reabilitação de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) e problemas na deglutição.“Isso é importante porque reduz a reinternação por pneumonia por aspiração”, detalha Schulz.

Atualmente, as equipes ficam instaladas no Hospital do Idoso, mas a previsão é descentralizá-las para as UPAs. “Isso vai diminuir o tempo de deslocamento das equipes na cidade e aumentar a dedicação aos pacientes”, afirma.

Fonte: Prefeitura de Curitiba