homem1 e1368556496881Com o avanço da idade, alguns problemas de saúde inevitáveis vão surgindo. No caso dos homens, o crescimento da próstata é o fator que mais afeta a qualidade de vida, ocasionando distúrbios urinários. Cerca de 80% da população masculina com mais de 50 anos apresenta um crescimento na próstata não ocasionado por câncer: é a hiperplasia prostática benigna – HPB.

Alguns sintomas são motivo de alerta: muitas idas ao banheiro durante o dia e principalmente à noite, dificuldade em esvaziar a bexiga e jatos mais fracos do que o normal. Não tratar a doença pode prejudicar a bexiga, que não será tão eficaz em esvaziar toda a urina, ocasionando infecções e doenças nos rins. Por isso, é importante procurar um especialista caso algum desses indicadores apareçam.

Segundo José Antônio Caldeira, urologista do Hospital VITA Batel, graças à tecnologia, hoje em dia a HPB pode ser tratada de forma rápida e eficaz, proporcionando ao paciente uma vida normal. Na maioria das vezes, esses sintomas reduzem a qualidade de vida para uma extensão tão grande que os indivíduos afetados passam a planejar suas rotinas em torno desta condição. Ou seja, evitam beber mais líquidos, procuram ter acesso mais rápido e fácil a banheiros, alterando inclusive a rotina do sono.

Quando isso acontece, atrapalhando a rotina diária, é recomendado que a pessoa procure um médico urologista para iniciar um tratamento específico, pois a HPB não tratada pode conduzir a complicações, tais como grave infecção urinária, retenção da urina ou até insuficiência renal. “Em alguns casos, o uso de medicamentos pode solucionar o problema, porém, se não ocorrer melhora, o paciente está sujeito a passar por uma cirurgia”, explica o urologista.

Caldeira explica que o procedimento mais inovador para o tratamento cirúrgico é a Vaporização da Próstata/Plasma Button – processo cirúrgico seguro, com menor tempo de realização e mínimo incômodo pós-operatório. Com a vaporização (transição direta do sólido para gás), o tecido prostático é removido mais suavemente, utilizando energia por plasma sob baixa temperatura. O plasma é uma nuvem ou gás eletricamente condutor que é produzido quando a energia de radiofrequência entra em contato com o sólido, neste caso, o tecido. O procedimento é inovador no que diz respeito ao tratamento minimamente invasivo da HPB. Além de melhorar a qualidade de vida, reduz os sintomas do paciente, tratando diretamente a causa do problema – o tecido aumentado – removendo-o cirurgicamente e aliviando a pressão causada na uretra.

Diferente de outros tratamentos que funcionam à alta temperatura, a vaporização utiliza energia de plasma à baixa temperatura para remover, de maneira segura, o tecido da HPB e, ao mesmo tempo, minimiza o dano aos tecidos adjacentes. Este método proporciona menor tempo de cirurgia, cateterismo (drenagem da urina) e internação – que varia entre dois e três dias -, proporcionando um rápido retorno às atividades cotidianas.

O procedimento não corta o tecido, nem o queima com laser, e sim vaporiza-o cuidadosamente com um pequeno eletrodo em forma de botão. Ao utilizar energia de baixa voltagem, cria-se um campo plasmático que reveste o botão de forma semiesférica. O tecido que entra em contato com este campo plasmático é vaporizado.

Com esta técnica única de deslizamento, quase não há contato direto entre o equipamento e o tecido. O dispositivo não apenas vaporiza o tecido aumentado, como também coagula o restante do tecido saudável e deixa uma superfície lisa. O sangramento que ocorre durante e depois da cirurgia pode ser reduzido desde o começo, o que estimula um rápido processo de cicatrização. “A única contraindicação é que este dispositivo não deve ser utilizado no tratamento de câncer de próstata”, alerta Caldeira.

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Fonte: Central Press