Muito se fala da Engenharia de Serviços na linha de produção, mas ela pode ser eficiente também para detectar riscos e identificar oportunidades externas via análises específicas.
Realmente funciona?
Estamos falando em analisar todos os setores de uma indústria, incluindo sua estrutura competitiva, posicionamento no mercado e outros detalhes que, muitas vezes, não são devidamente considerados internamente.
A CWBem explora essas análises na Engenharia de Serviços.
O que é indústria e o que é segmento de mercado?
Tudo que envolve produtos ou serviços, e produtos concorrentes que podem ser substitutos, faz parte de uma indústria. Refrigerantes, celulares e sapatos são bons exemplos. Já os segmentos de mercado envolvem diferentes grupos de consumidores dentro de um mesmo mercado.
Por exemplo? Todas as características individuais relacionadas a fatores geográficos, culturais e comportamentais, incluindo demandas especiais ou sazonais, formam um segmento. Um exemplo é o Natal, que envolve diversos produtos competindo pela atenção dos mesmos consumidores em uma data específica.
A Engenharia de Serviços melhora a cadeia de suprimentos?
Sim, desde que a empresa analise sua cadeia de suprimentos. A conversão de matérias-primas em produtos acabados pode apresentar problemas, assim como etapas logísticas.
A cadeia de suprimentos de uma televisão envolve vidro, lítio e alumínio de diversos fornecedores. As matérias-primas são transformadas em aparelhos de ponta, desejados no mercado e vendidos todos os anos em lojas de varejo. Agora, imagine se um desses detalhes falha ou se torna ineficiente? O efeito dominó seria inevitável.
A Engenharia de Serviços analisa todos os pontos sensíveis dessas etapas, garantindo que seu projeto não falhe quando mais precisar.
Quais grupos estratégicos uma empresa pode analisar com a Engenharia de Serviços?
Os grupos estratégicos em um setor podem ser identificados por diversos fatores, como:
- Escolha dos canais de distribuição
- Segmentos de mercado
- Nível de qualidade do produto
- Liderança tecnológica
- Grau de integração vertical
- Política de preços
Um grupo estratégico existe quando o desempenho de uma empresa dentro de um setor é influenciado pelas características do grupo, pela empresa controladora e pelas características do setor. Os clientes costumam ver os produtos de empresas do mesmo grupo estratégico como substitutos diretos.
Grupos estratégicos diferentes podem enfrentar relações distintas com as forças competitivas. Assim, cada grupo pode encontrar um conjunto particular de oportunidades e ameaças.
O primeiro passo da Engenharia de Serviços é identificar grupos estratégicos para reconhecer empresas mais competitivas e detectar barreiras que dificultam o reposicionamento entre diferentes grupos estratégicos.
O que a Engenharia de Serviços analisa para melhorar a competitividade da empresa?
- Intensidade da rivalidade da indústria: Avalia a concentração de concorrentes. Fatores que influenciam essa intensidade incluem a homogeneidade dos produtos, a lealdade à marca e os custos de troca do consumidor.
- Ameaça de novos entrantes (barreiras à entrada): Mede as dificuldades que novos participantes enfrentam para entrar no setor. Fatores como lealdade à marca, capacidade ociosa de produção e regulamentação governamental são levados em conta.
- Poder de barganha dos compradores: determina quanto os consumidores influenciam os preços no mercado. Esse poder é elevado quando os compradores são grandes e concentrados, e quando a sensibilidade ao preço é alta devido à concorrência.
- Poder de negociação dos fornecedores: mede o quanto os fornecedores podem influenciar a estratégia comercial da empresa. Esse poder é grande quando há poucos insumos substitutos e os fornecedores são concentrados.
- Ameaça de bens/serviços substitutos: avalia o risco de produtos concorrentes ameaçarem as ofertas da empresa. Essa ameaça aumenta quando os custos de troca são baixos ou quando os substitutos apresentam melhores características de preço e desempenho.
- Poder dos prestadores de bens/serviços complementares: mede o impacto de empresas que produzem produtos complementares. Complementos podem agregar valor, mas se forem fracos podem limitar o crescimento do setor.
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