catracaA greve dos cobradores no transporte público de Curitiba e região segue hoje, confirmou ontem o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região (Sindimoc). A diferença é que as empresas não liberaram a saída da frota dos ônibus das garagens. Por isso, a cidade amanheceu sem nenhum carro circulando nas ruas da cidade.

Na madrugada de hoje (27), a Justiça do Trabalho decidiu que a greve de cobradores de Curitiba e Região Metropolitana não é abusiva. A desembargadora Ana Carolina Zaina alegou que, como não houve interrupção no serviço do transporte público, a greve está dentro da legalidade.

A Urbs entrou com um pedido na tarde de ontem para garantir uma frota mínima com cobradores circulando na capital, mas a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho, Ana Carolina Zaina, não decidiu o mérito desta questão. A Urbs não respondeu à reportagem, mas pouco depois da meia-noite, a página da Prefeitura de Curitiba no Facebook publicou aviso sobre cadastramento de motoristas para o transporte particular.

Na noite de quinta-feira, pelo Twitter, o prefeito Gustavo Fruet, avisava que a Prefeitura não poderia bancar mais um dia de catraca livre, que custou, segundo ele, R$ 2,484 milhões aos cofres publicos. “A decisão de autorizar a circulação sem cobradores foi tomada em caráter emergencial p/ garantir continuidade de serviço”, disse ele.

“Se haverá novamente catraca livre? Essa decisão é da Prefeitura, eles que abriram essa exceção. Nós somos a favor da greve branca”, se posicionou o Sindimoc por meio de sua assessoria. Já o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) disse que não poderia arcar com a catraca livre. “Sem essa decisão (a liminar da Justiça), não será possível prosseguir sustentando a circulação dos ônibus sem cobrança”, escreveu em nota o sindicato. Ou seja, mais uma vez, o curitibano saberá sobre o transporte público na hora que precisar dele.

Hoje, está marcada mais uma audiência entre o Sindimoc e o sindicato patronal, com a presença de Urbs e da Comec. A audiência de dissídio está marcada para começar às 13h30 na sede do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR).

Circulação — O dia de catraca livre teve praticamente toda a frota circulando ao longo do dia, ontem. Até a Linha Turismo teve as viagens realizadas sem a cobrança da tarifa de R$ 29, mas em determinados horários da tarde com grandes filas.

Nos terminais de ônibus, o sistema de bilhetagem não funcionou, assim ninguém tinha de passar o cartão de transporte para conseguir acesso. Não houve registro de grandes incidentes nas ruas nem nas garagens das empresas.

Fonte: Bem Paraná