As unidades penais do Complexo Penitenciário de Piraquara e as casas de custódia de São José dos Pinhais (CCSJP) e de Curitiba (CCC) já contam com o Protocolo de Emergência para Acionamento de Brigada Penitenciária. O documento estabelece quatro passos básicos para que emergências de fogo sejam atendidas de forma correta, garantindo a segurança de funcionários e presos.

Criado pelo Setor de Combate a Incêndio (SCI) e pela Assessoria de Segurança do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), o protocolo está na segunda fase. O cronograma prioriza as penitenciárias e casas de custódia, porém, também será disposto às cadeias públicas de gestão plena do Depen. Agora, o programa segue para o Interior. A Penitenciária Estadual em Francisco Beltrão, no Sudoeste, já recebeu o projeto.

“Este procedimento foi criado e está sendo concretizado para oferecer o alinhamento e ajuste de condutas entre todos os setores das unidades prisionais que, por ventura, venham a ser vitimadas por ocorrências de incêndio”, afirmou o assessor de Segurança do Depen, Josielson Fabrício. De acordo com ele, o procedimento foi desenvolvido para assegurar a prevenção ao combate ao fogo, seguindo um protocolo de ações técnicas direcionadas a este fim.

De acordo com o documento, o acionamento da brigada de incêndio segue um padrão geral que inclui, entre outros procedimentos, alertas sonoros, planejamento de escalas e divisão de funções, gestão de segurança e ativamento dos sistemas já existentes de combate a incêndio, como bombas, rede de hidrantes e extintores.

“O protocolo padroniza o atendimento da Brigada de Incêndio e demais setores envolvidos com uniformidade e segurança. O documento e o treinamento norteiam as atividades desta área, de modo a minimizar qualquer tipo de perda, seja humana ou material”, destacou o chefe do Setor de Combate a Incêndio (SCI), Alessandro Cidade.

Ele explica que o plano foi desenvolvido com o objetivo de estabelecer uma linha a seguir em casos de emergência deste tipo. “A partir do momento em que o agente souber do fogo, ele vai saber que precisa ligar para o Corpo de Bombeiros, acionar a direção da unidade, informar a inspetoria, que vai exercer o seu papel no protocolo, assim como os brigadistas penitenciários”, destacou o chefe do SCI.

Segundo Cidade, mesmo com a pandemia do coronavírus, o protocolo deve ser implementado em todas nas 34 penitenciárias do Estado até o fim deste ano. “Por conta da necessidade de distanciamento social, não estão sendo realizados treinamentos, apenas encontros com servidores brigadistas no dia do seu próprio plantão”, explicou.

Ele acrescenta que todas as penitenciárias do Paraná deverão preparar um espaço destinado a ser um ponto de encontro da brigada penitenciária. “Estas dependências servirão para acondicionar equipamentos e como um gabinete de crise da brigada”.

Neste mês de junho, uma das unidades que recebeu o projeto foi a Casas de Custódia de São José dos Pinhais. “Este é um projeto importante no que tange à qualidade das mangueiras e da estrutura predial. Este é um plano que vem para somar. Num momento de crise de incêndio os funcionários da brigada estão preparados para qualquer tipo de ação”, afirmou o diretor da unidade, Alberto da Silva Ferreira.

Além das casas de custódia de São José dos Pinhais e de Curitiba, receberam o protocolo as Penitenciárias Estaduais de Piraquara (I e II), a Penitenciária Feminina do Paraná, a Divisão de Operações de Segurança e o Setor de Operações Especiais, todos localizados no Complexo de Piraquara.

AGENTES BRIGADISTAS – Em todo o Estado, o curso de brigadistas penitenciários, promovido pelo Setor de Combate a Incêndio e pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), já capacitou 994 agentes. Durante o curso eles aprenderam a operar equipamentos, identificar produtos perigosos e a reconhecer seus riscos, além de prestar os primeiros socorros.

VISTORIAS – No ano passado, as penitenciárias do Depen passaram por vistorias nos sistemas de prevenção e combate a incêndio, executando, por exemplo, o acionamento das bombas centrífugas e expedição por gravidade em sistemas de cisternas elevadas nos hidrantes. Em breve, as cadeias públicas de gestão plena do Departamento Penitenciário também devem passar pelas vistorias técnicas.

Fonte: Bem Paraná
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