Cerca de mil consultas eletivas foram canceladas nesta terça-feira (29), segundo dia da paralisação dos médicos servidores do Hospital de Clínicas (HC). Só continuaram funcionando os setores de pronto-atendimento, emergência e urgência que socorreram doentes em estado grave, encaminhados por unidades de saúde. Também não pararam os serviços prestados a pacientes internados, que estão em tratamento quimioterápico ou pediátrico.

Das 1.100 consultas agendadas para o dia, apenas 106 foram realizadas, segundo a assessoria do Hospital. No total de 21 cirurgias marcadas, seis foram feitas e outras sete de emergência, inclusive um transplante de fígado.

Apenas uma paciente se encontrava no pátio do HC às 15h30 de terça-feira. Elaine do Carmo e Natiele, sua sobrinha, que viajaram uma hora para uma consulta marcada às 7h30, mas não foram atendidas. “Minha sobrinha fez uma cirurgia no mês passado para tirar um caroço do pescoço. Essa consulta era para ver como está agora, mas ninguém atendeu a gente”, disse. Elaine terá que remarcar a consulta por telefone.

A assessoria do HC avisa que quem não foi atendido durante os dias de greve deve ligar para a Central de Agendamento e remarcar as consultas e cirurgias para daqui a 30 dias. Até as 18 horas desta terça-feira (29), a Central de Agendamento do HC já tinha remarcado 400 consultas. Os pacientes também podem comparecer pessoalmente para reagendar com os atendentes. A assessoria informou ainda que o Hospital entrará em contato com aquelas pessoas que tinham procedimentos de especialidades de complexidade marcados para os próximos dias.

A reportagem tentou contatar seis vezes o hospital pelo número da Central de Agendamento, que estava ocupado em cinco das tentativas. De acordo com a assessoria do hospital, por causa da quantidade de pessoas atingidas pela greve até agora – mais de 2 mil consultas e 36 cirurgias foram canceladas só durante a segunda e a terça-feira –, a linha está congestionada.

Greve dos professores
Os médicos servidores que trabalham em outros hospitais administrados pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Hospital do Trabalhador e Maternidade Victor Ferreira do Amaral, não pararam. Segundo Idalina da Luz, chefe de enfermagem da Maternidade Victor Ferreira do Amaral, a greve dos professores também não afetou as atividades. “Apesar de quatro dos cinco professores que fazem acompanhamento na maternidade e dão aulas aqui estarem em greve, o serviço assistencial não parou. O último médico atende no ambulatório uma vez por semana e, até a última sexta-feira, ele veio trabalhar normalmente”, disse Idalina.

No Hospital do Trabalhador, nenhum professor ou médico aderiu à greve, segundo a assessoria do hospital. Quanto às unidades básicas de saúde de Boa Vista e Fazendinha, a assessoria do HC disse que ambas não têm mais vínculo com o Hospital.

Serviço
Central de Agendamento do HC
: (41) 3360-7833 ou (41) 3360-1800 (pedir para transferir para a Central). A linha funciona das 7h às 18h. A previsão para o reagendamento é de um mês. Também é possível remarcar as consultas no próprio Hospital de Clínicas (Rua General Carneiro, 181).

Fonte: Gazeta do Povo

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