Dia 31 de dezembro termina o orçamento de guerra do Governo Federal, nele constam várias ações de combate social ao coronavírus.

Na prática, o governo entende que a pandemia acabou e não há mais necessidade de qualquer ajuda do estado para a sociedade seguir crescendo e, principalmente, não passando fome.

Cabe lembrar que no Brasil vigora o “Teto de Gastos”, instrumento importante para conter as contas públicas, mas que foi criado em outro momento, um momento em que principalmente, a pandemia não existia. Sem o estado de calamidade pública, o teto passará a jogar contra a população.

Fazendo uma analogia bastante popular, podemos lembrar do trabalhador que passou uma vida trabalhando e economizando dinheiro, guardou uma boa quantia, quando foi se aproveitar dela, morreu repentinamente. De que adianta tentar salvar a economia se não podemos salvar o povo que dela pode desfrutar?

Se usarmos como exemplo o maior país capitalista do mundo, os Estados Unidos da América, lá, o auxílio de 600 dólares, algo como R$ 3250, não só foi prorrogado como foi ampliado para 2000 mil dólares, algo como R$ 10.600, com variantes de acordo com a ocupação e renda do trabalhador.

Para ter acesso a esse direito, não é preciso cadastro, fila, nada. Se tem conta, recebe na conta, se não tem, recebe cheque em casa.  Simples assim.

Não há economia sem povo. Não há povo sem economia forte. Não é fácil manter a balança, mas a prioridade acima de qualquer outro instrumento deveria ser não deixar ninguém passar fome e salvar vidas, algo que parece bastante distante nas férias em Guarujá.

Esta é a opinião do Jornal do Povo Paraná.