Responsável pelo projeto de adeqarenauação da Arena para a Copa, o arquiteto Carlos Arcos disse ontem que em 35 dias está previsto o início da instalação do teto retrátil no estádio atleticano. Revelou ainda que os custos dessa parte superior do estádio não estão incluídos nos R$ 209 milhões estimados para a finalização da Baixada. A informação foi repassada aos representantes do Comitê Organizador Local (COL) em visita à obra.

De acordo com o arquiteto, em 15 dias duas torres de sustentação da cobertura serão entregues e, em mais 20 dias, outras duas também devem ficar prontas. Assim, o teto, único com o sistema de abertura entre os palcos do Mundial, começará a cobrir o estádio. Também foi informado aos engenheiros do COL Fábio Carvalho e João Caetano que 43% da estrutura da cobertura está pronta na linha de produção.

Acrescido ao projeto original no ano passado, o teto retrátil foi apontado pela Fomento Paraná, autarquia do estado responsável por intermediar o empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como o principal responsável pelo acréscimo no orçamento da obra – de R$ 184,6 milhões para R$ 209 milhões –, revelado na semana passada.

Ontem, contudo, Carlos Arcos sustentou a versão do clube de que o reajuste de 13,2% foi motivado pela atualização dos preços e custos. No período de junho de 2011, quando se chegou ao valor de R$ 184,6 milhões, até março deste ano, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) teve uma variação de 10,8%.

Ainda não há definição sobre quem arcará com o reajuste. A engenharia financeira criada para viabilizar a obra envolve Atlético, prefeitura de Curitiba e governo do estado.

A comitiva contou ontem com a presença do secretário municipal da Copa, Reginaldo Cordeiro, que pediu mais acesso a informações sobre o andamento da obra. Hoje, Cordeiro dá início aos trabalhos da nova Comissão Executiva de Copa, que vai acompanhar e fiscalizar a preparação do município para receber o Mundial.

Câmara

A conclusão da Arena também foi tema ontem de um encontro na Câmara Municipal de Curitiba. Sem a resposta de um requerimento feito à CAP S.A. – empresa criada para gerir as intervenções no estádio –, os integrantes da Comissão para Assuntos da Copa admitiram não terem respaldo suficiente para questionar se há alguma irregularidade no repasse e no uso dos recursos público na obra.

Fonte: Gazeta do Povo