Um estudo revelou que a desinformação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Telegram cresceu 150 vezes nos últimos seis anos na América Latina e no Caribe. O estudo, realizado pela Fundação Getulio Vargas e pela Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas, apontou que a pandemia intensificou esse fenômeno, com um aumento de 635% nas postagens. Em 2019, apenas quatro postagens mensais sobre autismo foram feitas, enquanto em janeiro de 2025 esse número saltou para 611.
O Brasil é o país mais afetado, com 46% do conteúdo conspiratório sobre autismo na região. Os pesquisadores identificaram mais de 150 falsas causas e curas, vendidas principalmente por influenciadores, muitas vezes relacionadas a comunidades negacionistas. Isso gera riscos, como estigmatização e compromissos nos diagnósticos do TEA, além de desviar recursos para práticas não comprovadas.
Para combater a desinformação, são necessárias políticas públicas e maior responsabilidade das plataformas de redes sociais.