STF avança em denúncia contra Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta quinta-feira (13) a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e mais seis investigados por participação em uma suposta trama golpista.

Agora, caberá ao presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, definir a data do julgamento. Os ministros do colegiado decidirão se os acusados se tornarão réus e responderão a processo criminal.

Acusações e investigados

Os denunciados são acusados de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia abrange o chamado núcleo 1 da investigação, que teria atuado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os denunciados estão:

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
  • General Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente;
  • General Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no caso.

Julgamento na Primeira Turma do STF

O caso será analisado pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Segundo o regimento da Corte, as ações penais são julgadas pelas turmas do tribunal.

Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os demais investigados se tornarão réus e responderão a uma ação penal no STF. Ainda não há data definida para o julgamento, mas há expectativa de que ocorra no primeiro semestre de 2025.

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