As contas do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) apresentaram um superávit primário de R$ 84,88 bilhões em janeiro. O resultado representa um crescimento real de 2,2% em relação ao mesmo período de 2024 e é o maior valor nominal para o mês desde o início da série histórica, em 1997.
Receitas e despesas cresceram acima da inflação 💰
A arrecadação federal teve um crescimento de 3,7% acima da inflação, impulsionada pela recomposição de tributos sobre combustíveis e pela valorização do dólar. Os principais destaques foram a alta na Cofins, IRPJ e CSLL. No entanto, as despesas cresceram 4,4% acima da inflação, com destaque para gastos previdenciários e Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Investimentos e gastos discricionários tiveram alta 🚧
Os investimentos públicos totalizaram R$ 3,23 bilhões, um aumento de 73% em termos reais. Já os gastos discricionários subiram 25,2% acima da inflação, enquanto as despesas com funcionalismo federal caíram 4,2%, devido ao atraso na aprovação do Orçamento de 2025.
Meta fiscal e projeções para 2025 📅
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o novo arcabouço fiscal estabelecem uma meta de déficit primário zero para este ano. Para 2025, o Orçamento prevê superávit de R$ 3,7 bilhões, mas considerando o pagamento de precatórios, o déficit pode chegar a R$ 44,1 bilhões.