Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST
O Banco de Alimentos Comida Boa é uma iniciativa que busca zerar o desperdício de alimentos nas unidades da Ceasa-PR. Produtos não comercializados por atacadistas e produtores rurais são doados a entidades assistenciais, como o Criadouro Conservacionista Onça Pintada, que utiliza cerca de 29 toneladas de frutas, legumes e verduras por mês para alimentar sua fauna silvestre.
Como funciona a parceria entre o IAT, a Ceasa e o Criadouro Onça Pintada?
Por meio dessa colaboração, alimentos que não atendem mais aos padrões de comercialização são encaminhados ao Criadouro. O transporte acontece regularmente, três vezes por semana, e os alimentos são utilizados para alimentar cerca de 4 mil animais de 206 espécies, muitos resgatados de situações de maus-tratos ou abandono.
Quais são os benefícios dessa parceria para o Criadouro?
- Redução de custos: Cerca de 60% da alimentação dos animais vem da Ceasa, eliminando a necessidade de comprar frutas, verduras e legumes.
- Sustentabilidade: Alimentos antes descartados são reaproveitados, promovendo uma gestão mais eficiente de recursos.
- Apoio à conservação: O Criadouro participa de programas que visam a refaunação de áreas naturais, contribuindo para a conservação da biodiversidade no Paraná.
Como o programa está sendo expandido?
A Ceasa-PR planeja replicar o sucesso de Curitiba em outras unidades do estado, como Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel. Além disso, o Instituto Água e Terra (IAT) avalia ampliar as doações para outras instituições, como os Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) e o Centro de Triagem e Atendimento de Animais Silvestres (CETAS).
Qual é o impacto do Banco de Alimentos Comida Boa desde sua criação?
Desde 2020, o programa já destinou mais de 5,3 mil toneladas de alimentos por ano para mais de 330 instituições assistenciais. Essa ação sustentável foi reconhecida internacionalmente pela ONU e premiada com o Stevie Awards em Istambul, Turquia.
Como o programa contribui para a ressocialização?
O Banco de Alimentos conta com o apoio do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen). Pessoas privadas de liberdade participam do processamento dos alimentos e de capacitações em educação alimentar, repassando o conhecimento à comunidade.
Quais são os próximos passos do programa?
Para 2025, está prevista a construção de uma cozinha industrial nova para o Banco de Alimentos, resultado de uma capitalização promovida pelo Estado. Essa estrutura permitirá ampliar o alcance e a eficiência do programa.